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EDP rejeita venda de empresa eólica marítima

Companhia considera Ocean Winds um “ativo estratégico”.
Cristina Bernardo
27 Março 2025, 11h30

O CEO da EDP rejeitou hoje a venda da participação na empresa eólica marítima (offshore) Ocean Winds, detida em partes iguais com a francesa Engie.

“É um ativo estratégico para nós”, disse hoje Miguel Stilwell d’Andrade em entrevista à “Bloomberg” em Londres. O gestor rejeitou tanto a venda total da participação como parte.

A notícia da venda foi revelada pela “Bloomberg” no início de março, adiantando que nenhuma decisão final tinha sido tomada e uma das possibilidades é vender apenas parte dos 50%. Uma possibilidade seria vender a empresas de energia; outra, é vender a fundos de infraestruturas, segundo a agência noticiosa.

No final de fevereiro, a EDPR anunciou que vai cortar no investimento em 25/26 e vender ativos em 2025 para fazer face aos prejuízos de 550 milhões registados em 2024, principalmente devido à saída da Colômbia, mas também com a ajuda de uma imparidade registada pela suspensão de um projeto offshore na costa leste dos EUA, depois da decisão de Donald Trump.

A indústria offshore tem sido afetada pelo aumento dos custos com equipamentos e por problemas  na cadeia de abastecimento.

As companhias têm estado a registar imparidasdes, como a dinamarquesa Orsted que assumiu uma perda de 1,7 mil milhões de dólares.

Estes projetos têm custos muito elevados. Não só comprar os aerogeradores, e as bases, mas também os custos de instalar, a par dos custos da ligação elétrica a terra.

O projeto Noirmoutier da Ocean Winds ao largo da costa francesa tem um custo de 2,5 mil milhões de euros, e deverá arrancar este ano. Já o projeto Dieppe Le Treport deverá arrancar em 2026 e tem um custo previsto de 2,7 mil milhões.

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