A Bolsa de Lisboa fechou em terreno negativo (-1,21% para 5.636,79 pontos) e alinhou pelo mesmo diapasão das principais bolsas europeias. Por exemplo o EuroStoxx 50 recuou 1,01% para 4.272,2 pontos e o Stoxx Europe 600 perdeu 1,01%.
Por cá a campeã das descidas na sessão foi a EDP Renováveis (-3,38% para 19,18 euros). Já a EDP perdeu -0,86% para 4,50 euros.
A segunda maior queda coube à Altri que perdeu -1,49% para 5,63 euros. Depois o BCP recuou 1,45% para 0,1705 euros; a Sonae perdeu -1,43% para 1,0360 euros; a Jerónimo Martins fechou em queda de -1,27% para 20,92 euros; Navigator fechou a descer -1,18% para 3,35 euros; a GreenVolt caiu -1,13% para euros; e a Ramada deslizou -1,11%. Só para dar alguns exemplos do que explica a perda do PSI-20. Em alta só dois títulos: Pharol (+1,00%) e Ibersol (+1,18% para 5,14 euros).
O analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro, explica que “as bolsas europeias agravaram o sentimento durante a tarde e alguns dos principais índices de ações acabaram por recuar mais de 1%”.
O FTSE 100 recuou -0,28% para 7.542,9 pontos; o CAC perdeu -0,81% para 7.143 pontos; o DAX desceu -0,93% para 15.883,2 pontos; o FTSE MIB tombou -1,08% para 27.543,96 pontos e o IBEX deslizou 0,12% para 8.806,6 pontos.
“O arranque de apresentação de contas nos EUA desiludiu e acabou por condicionar o sentimento também deste lado do Atlântico. O Citigroup e o JP Morgan revelaram receitas de trading de títulos de renda fixa e ações que ficaram aquém do previsto”, diz o analista da Mtrader que frisa as quedas em bolsa em Wall Street das ações dos dois bancos.
Num mercado onde a confiança dos consumidores desceu mais do que o esperado em janeiro, os EUA enfrentam a possibilidade de assistir até cinco aumentos da taxa de juro este ano para combater a inflação.
Nas empresas destaque para a queda das ações da EDF (-14,6%) perante a pressão do Governo francês para que a empresa de electricidade proceda a um desconto na fatura dos consumidores.
A nível macroeconómico, destaque para os dados do Comércio Internacional do Eurostat. De janeiro e novembro de 2021, Portugal registou um défice da Balança de Bens de 16,4 mil milhões de euros, o que compara com um défice de 12,9 mil milhões de euros no período homólogo. As exportações de bens aumentaram 18% e as importações de bens aumentaram 19%, neste período face ao período homólogo.
Há ainda a destacar o que disse o instituto Ifo. Ou sejam que a economia alemã sofre revés no semestre de inverno 2021/2022.
A economia da Alemanha está a ser afetada no semestre de inverno 2021/2022, interrompendo temporariamente a forte recuperação do verão passado, diz o Ifo.
“A paralisação económica no inverno deve-se principalmente à quarta onda do coronavírus, levando a uma queda nas vendas para o setor da hospitalidade e outros prestadores de serviços relacionados com o consumidor”, diz Timo Wollmershäuser, chefe dos economistas do Ifo.
“No entanto, as perdas são significativamente menores do que durante as ondas de coronavírus de há um ano atrás, quando a incerteza sobre o progresso da pandemia era consideravelmente maior.”
O Instituto Federal de Estatísticas da Alemanha (German Federal Statistical Office) anunciou hoje que o Produto Interno Bruto alemão em 2021 foi 2,7% maior do que no ano anterior.
O euro cai 0,45% para 1,1404 dólares.
O mercado de dívida pública continua com os juros a subirem. A Alemanha tem as suas bunds a escalarem 4,47 pontos base para -0,05%. Portugal tem a yield da dívida a 10 anos a subir 2,76 pontos base para 0,55%. Espanha vê os juros agravarem 5,09 pontos base para 0,64% e Itália +5,56 pontos base para 1,27%.
O petróleo Brent, em Londres sobe 1,29% para 85,56 dólares. Igual movimento está a ter o crude West Texas nos EUA (+1,47% para 83,33 dólares).
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