EDP Renováveis. Goldman Sachs prevê lucros de 366 milhões até setembro. Preço-alvo nos 25 euros
O Goldman Sachs prevê que a EDP Renováveis atinja lucros de 366 milhões nos primeiros nove meses de 2022. Os lucros deverão rondar os 175 milhões de euros, se não forem tidos em conta os ganhos com a rotação de ativos.
“A nossa estimativa para os nove meses parece consistente com o consenso para 2022 de um EBITDA de 2,1 mil milhões de euros. No entanto, as ruas [o consenso] podem estar levemente otimistas sobre lucros de 703 milhões para 2022”, segundo a nota hoje divulgada a que o JE teve acesso. O banco de investimento estima que a rotação de ativos pode implicar ganhos de 150 a 200 milhões no quatro trimestre.
O Goldman Sachs estima um preço-alvo a 12 meses de 25 euros, uma valorização 24,5% acima dos 20,07 euros a que fechou a ação na sessão de segunda-feira.
Nos primeiros noves meses de 2021, a EDPR atingiu lucros de 148 milhões de euros, que contrastam com os 319 milhões atingidos em 2020. Em 2021, os resultados até setembro foram impactados negativamente pelos preços mais baixos de venda de eletricidade, menos vento a soprar e perdas cambiais.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) até setembro deverá atingir 1,46 mil milhões de euros, incluindo 235 milhões de ganhos com rotação de ativos.
“Os preços sólidos da energia na Europa e um crescimento de dois dígitos nos volumes implica um forte crescimento face ao último ano, na nossa opinião”, segundo a nota do Goldman Sachs.
Os dados serão divulgados a 26 de outubro.
Já a dívida líquida deverá atingir os sete mil milhões de euros, acima do registado no primeiro semestre.
O Goldman Sachs identifica vários riscos para a EDPR: “Riscos operacionais relacionados com novas instalações renováveis resultando em crescimento/receitas abaixo do esperado”; “apreciação/depreciação significante em moedas estrangeiras (dólar/real)”; “risco soberano mais elevado/baixo na Península Ibérica”; “preços mais elevados/baixos das matérias-primas/energia”.
