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EDP submete 400 pedidos para bairros solares e critica atrasos no licenciamento (com áudio)

“O processo está a demorar vários meses. Há projetos à espera há mais de um ano”, disse a CEO da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, à imprensa.
Vera Pinto Pereira
30 Agosto 2023, 13h01

A EDP – Energias de Portugal submeteu 400 pedidos de licenciamento para comunidades onde se produz e partilha energia solar renovável, os chamados bairros solares, disse esta quarta-feira, aos jornalistas presentes na inauguração daquele que ficará localizado na Maia, a CEO da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira.

“Na EDP, temos cerca de duas mil destas comunidades em desenvolvimento, 400 a aguardar (submetidas para pedido de licenciamento), apenas uma licenciada, portanto uma parte importante deste projeto com os CTT é que estes 40 bairros solares possam ser a licenciados rapidamente para que os oito mil vizinhos possam beneficiar desta energia. É um processo que tipicamente tem de ser certificado pelo operador de rede e pela DGAE”, afirmou, em declarações à margem da cerimónia de inauguração do bairro solar da Maia, em parceria com os CTT – Correios de Portugal.

Vera Pinto Pereira lançou ainda críticas ao atraso nos processos de licenciamento. “Temos sentido algum atraso que importa acelerar, porque temos uma agenda de carbonização para o país extremamente ambiciosa e se quisermos cumprir com a meta que o Governo traçou de 20 GB de capacidade solar até 2030, estamos a falar de acrescentar por ano 2,5 GB de capacidade de geração solar. Ora, replicar o que foi feito até à data numa base anual, o equivalente a 2.500 instalações como esta. O processo está a demorar vários meses. Há projetos à espera há mais de um ano”, referiu.

Para a CEO da EDP Comercial, é “absolutamente fundamental” acelerar o processo de autorizações. “Estas comunidades de energia, a que chamamos de bairros solares, têm um valor importante, na medida em que torna a transição energética mais democrática e permite trazer para a agenda da descarbonização quer as empresas e entidades com capacidade e espaço para fazer este tipo de instalações quer aqueles que não os têm”, defendeu a gestora.

Vera Pinto Pereira mencionou ainda o facto de a energética prever um investimento de cerca de 2 mil milhões de euros na área da geração solar descentralizada e, atualmente, contabilizam-se 1,6 GB nos vários países onde a EDP está presente. “Especificamente na Península Ibérica, temos mais de 100 mil famílias e cerca de duas mil empresas que já aderiram a este tipo de soluções, sendo que este projeto com os CTT se reveste de uma dimensão, ambição e formato especialmente valioso”, salientou sobre o bairro solar da Maia.

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