EDP tem 40 milhões para investir em hidrogénio verde até 2025

A EDP tem reservados 40 milhões de euros para investir no hidrogénio verde até 2025, revelou a elétrica portuguesa esta quinta-feira, 25 de fevereiro que já se encontra a avaliar 20 projetos neste sector.

“Neste plano de negócios temos 40 milhões de euros previstos ao longo dos próximos anos. Se houver oportunidades adicionais e boas, obviamente que iremos aproveitar, mas achamos que e uma coisa mais para a segunda metade desta década”, disse hoje o presidente executivo da EDP , Miguel Stilwell de Andrade, em conferência de imprensa.

Este valor não inclui o projeto H2 Sines, um consórcio constituído pela EDP, Galp, REN, Martifer e Vestas, criado em julho de 2020 com o objetivo de avaliar a criação de cluster industrial de hidrogénio verde em Sines.

Este projeto prevê, numa primeira fase, a instalação de um “projeto-piloto de 10MW de eletrólise que, ao longo da corrente década, possa, em função de critérios económicos e tecnológicos, evoluir até 1GW de capacidade de eletrólise, visando a prazo a instalação de cerca de 1,5GW de capacidade de geração de energia elétrica renovável para alimentação dos eletrolisadores”, anunciou a EDP em julho de 2020.

Para o projeto H2 Sines, a EDP avança no seu plano estratégico que o consórcio prevê um investimento de três milhões de euros até 2030 e a criação de mil postos de trabalho diretos e indiretos.

“Relativamente a projetos concretos de hidrogénio, é uma tecnologia muito embrionária que se vai desenvolver ao longo da próxima década, com os projetos de maior dimensão a partir de 2030. Todos os projetos que se fala neste momento, para os próximos anos, são projetos relativamente pequenos, comparados com projetos das renováveis”, segundo Miguel Stilwell de Andrade.

“Temos alguns pilotos, montámos uma unidade de negocio dentro das renováveis para o hidrogénio para investir em varias geografias para investir no medio e longo prazo na Europa e nos Estados Unidos, onde há uma grande apetência por projetos de hidrogénio. Queremos acompanhar isso, é um vetor potencial de crescimento para  o futuro”, destacou o gestor.