A EDP Renováveis (EDPR) está a analisar se vende a sua participação na Ocean Winds, empresa de energia eólica offshore (marítima). A companhia detém 50% com os restantes 50% a serem detidos pelos franceses da Engie.
A notícia foi revelada pela “Bloomberg” que cita várias fontes anónimas. Questionada pelo JE, a EDP não comentou.
Nenhuma decisão final foi tomada e uma das possibilidades é vender apenas parte dos 50%. Uma possibilidade é vender empresas de energia; outra, é vender a fundos de infraestruturas, segundo a agência noticiosa.
Na semana passada, a EDPR anunciou que vai cortar no investimento em 25/26 e vender ativos em 2025 para fazer face aos prejuízos de 550 milhões registados em 2024, principalmente devido à saída da Colômbia, mas também com a ajuda de uma imparidade registada pela suspensão de um projeto offshore na costa leste dos EUA, depois da decisão de Donald Trump.
A indústria offshore tem sido afetada pelo aumento dos custos com equipamentos e por problemas na cadeia de abastecimento.
As companhias têm estado a registar imparidasdes, como a dinamarquesa Orsted que assumiu uma perda de 1,7 mil milhões de dólares.
Estes projetos têm custos muito elevados. Não só comprar os aerogeradores, e as bases, mas também os custos de instalar, a par dos custos da ligação elétrica a terra.
O projeto Noirmoutier da Ocean Winds ao largo da costa francesa tem um custo de 2,5 mil milhões de euros, e deverá arrancar este ano. Já o projeto Dieppe Le Treport deverá arrancar em 2026 e tem um custo previsto de 2,7 mil milhões.
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