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Eduardo Marçal Grilo: “Direções das escolas vão ter papel decisivo”

Marçal Grilo, antigo ministro da Educação, diz ao JE que lideranças nas escolas serão fundamentais para o sucesso da tarefa complexa que vai ser o novo ano letivo 2020/21.
13 Setembro 2020, 09h00

As aulas arrancam na próxima semana para todos os anos e níveis de ensino público. No clima de incerteza face ao que poderá acontecer no novo ano letivo, há, pelo menos, uma certeza que Eduardo Marçal Grilo, antigo ministro da Educação, saúda: “Pela primeira vez em décadas, as questões educativas não estão a ser um diálogo entre o Ministério da Educação e os sindicatos. É um salto qualitativo importante no debate educativo em Portugal”.

Ao Jornal Económico, Marçal Grilo explica: “Estão a aparecer como entidades com grande relevância, quer a Associação dos Diretores dos Agrupamentos Escolares (ADAE), com o professor Filinto Lima, quer o Conselho Executivo da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), liderado por Jorge Ascensão, o que é muito importante. As condições para o regresso às aulas têm muito a ver com os professores, enquanto elementos essenciais do funcionamento da escola, bem como a participação dos pais”. É preciso que estes vão às escolas, “saber o que se faz, a que horas, como, quando, onde”. Ver com os próprios olhos trará confiança, decisiva para combater o medo, acrescenta.

O início do ano letivo 2020/21, que decorre entre 14 e 17 de setembro, é um imperativo e aplaudido por alunos, professores, escolas, pais e sindicatos. Todos concordarão também que o ideal teria sido desdobrar as turmas, que, por exemplo, no secundário, em muitos casos, rondam os 28 alunos, de forma a garantir um distanciamento seguro. Mas o ministro, Tiago Brandão Rodrigues cedo avisou que era impossível aumentar ou multiplicar por dois, tanto as infraestruturas como os recursos humanos. Deixou o “desdobramento e as coadjuvações ao livre arbítrio das escolas”. E cada uma fez o que pode.

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