“É uma grande oportunidade para eles [órgãos eleitorais] terem orgulho de serem moçambicanos e uma das formas é criar condições para que estas eleições sejam transparentes, livres e justas”, declarou Daviz Simango, após votar na cidade da Beira, onde é autarca, pouco antes das 08:00 locais (menos uma hora em Lisboa).
O candidato à Presidência da República instou as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas a pautarem-se pela neutralidade, abstendo-se de atos “de intimidação”.
“Que as nossas Forças de Defesa e Segurança protejam o cidadão e não sejam o ator principal deste processo, porque este é um momento de festa”, instou Daviz Simango.
Os observadores nacionais e internacionais, prosseguiu, devem exercer o seu trabalho com justiça.
Um total de 13,1 milhões de eleitores moçambicanos são hoje chamados a escolher o Presidente da República, 250 deputados do parlamento e, pela primeira vez, dez governadores provinciais e respetivas assembleias.
As sextas eleições gerais de Moçambique contam com quatro candidatos presidenciais: o atual Presidente da República, Filipe Nyusi (Frente de Libertação de Moçambique – Frelimo), que concorre a um segundo mandato; o novo líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade; o líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, e o candidato do partido extraparlamentar Ação do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino, este último com uma campanha limitada a alguns pontos de Nampula, província do Norte.
Às eleições legislativas e provinciais apresentaram-se 26 partidos, mas só os três partidos com assento parlamentar no país (Frelimo, Renamo e MDM) concorrem nos 11 círculos eleitorais do território nacional, que se estende por 2.000 quilómetros, mais dois círculos da diáspora (África e resto do mundo).
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