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Eleições: Rui Rio considera que 200 milhões para aumentos salariais “não chega para nada”

O presidente do PSD considerou esta sexta-feira que se o Governo só tem 200 milhões de euros para aumentar os funcionários públicos, estes estão “desgraçados” porque este dinheiro “não chega para nada” nos próximos quatro anos.
20 Setembro 2019, 17h01

“Vem o ministro das Finanças [Mário Centeno] e diz que tem 200 milhões de euros, eu não sei o que isso quer dizer, mas se só tem 200 milhões para aumento dos funcionários públicos, estes estão desgraçados porque o dinheiro não chega para nada nestes quatro anos. Se tem 200 milhões para lá do aumento da inflação para garantir o poder de compra é qualquer coisita”, sustentou Rui Rio.

O social-democrata falava aos jornalistas à margem de um almoço-debate organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no Porto.

Para o presidente do partido, Mário Centeno não “está a fazer outra coisa que não seja campanha eleitoral”, portanto, quando fala em 200 milhões de euros as pessoas acham que é muito dinheiro.

“Pode ser algum ou pode não ser nada”, argumentou.

No quadro macroeconómico do PSD, Rui Rio referiu que os funcionários públicos e os pensionistas terão um aumento que garanta o poder de compra.

“Não estamos aqui a dizer que não cortamos reformas, nem pensar, garantimos é o poder de compra”, vincou.

O ministro Mário Centeno acusou hoje o Bloco de Esquerda de ter um problema “endémico” com as contas e defendeu que há margem financeira crescente no Programa de Estabilidade para atualizações salariais na administração pública até 2023.

Estas posições foram transmitidas por Mário Centeno, candidato a deputado do PS nas próximas eleições legislativas, durante uma conferência de imprensa na sede dos socialistas, em Lisboa, sobre o cenário macroeconómico e o impacto financeiro das propostas constantes no programa eleitoral deste partido.

“A margem que existe para 2020, após paga a prestação da recuperação do congelamento das carreiras (na ordem dos 500 milhões de euros), é suficiente para aumentar os salários à margem da inflação que hoje se observa. Nos anos seguintes, o esforço de recuperação das carreiras diminui significativamente, passando a valer pouco mais de 200 milhões de euros. Por isso, nessa altura, a margem entre 200 para 400 milhões de euros, caso se cumpra o Programa de Estabilidade, é a margem que o próximo Governo tem para adotar medidas de atualização salarial e outras na administração pública”, justificou o titular da pasta das Finanças.

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