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António Costa: Coesão e Reformas “está ao nível da qualidade da nossa comissária” Elisa Ferreira

O primeiro-ministro garantiu ainda que esta “é uma pasta que vai permitir assegurar a conclusão das negociações para o próximo quadro financeiro plurianual” e que dá a gerir ainda dois fundos importantes, sendo a “Feder para a política regional e o fundo de coesão”.
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10 Setembro 2019, 12h25

Após as notícias de que Elisa Ferreira iria ocupar a pasta da Coesão e das Reformas na Comissão Europeia, António Costa referiu que esta “é uma pasta muitíssimo importante” e que “corresponde àquilo que tínhamos trabalhado com a senhora [Ursula] von der Leyen”.

O primeiro-ministro garantiu ainda que esta “é uma pasta que vai permitir assegurar a conclusão das negociações para o próximo quadro financeiro plurianual” e que dá a gerir ainda dois fundos importantes, sendo a “Feder (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) para a política regional e o fundo de coesão”. A esta pasta acrescenta ainda dois novos fundos, que são “a tradição justa, que serve para apoiar a tradição para um novo paradigma energético e para a sociedade digital e ainda o embrião da capacidade orçamental da zona euro, que financiará as reformas necessárias para a convergência e para a competitividade”.

Sobre a escolha de Elisa Ferreira para ocupar esta pasta, António Costa sublinha que esta “está ao nível da qualidade da nossa comissária e seguramente corresponde a uma área de interesse muito significativa para o nosso país”.

Costa afirma que “temos todas as razões para estarmos satisfeitos” com a escolha de Elisa Ferreira para ocupar este cargo, uma vez que irá permitir que Portugal dê “um contributo importante”, para prosseguir a política de coesão territorial na Europa, de contribuir ativamente para a transição energética e digital, e assegurar aquele que tem sido “um cavalo de batalha muito grande de Portugal”, que é a capacidade orçamental.

Questionado sobre a falha de acesso aos fundos estruturais, pasta que se falava para Elisa Ferreira, o primeiro-ministro sublinha que esta também tem fundos estruturais relevantes, aos quais se acrescentam três, o da transição energética, o da sociedade digital e o considerado “embrião para a capacidade orçamental da zona euro para financiar as políticas de convergência e competitividade”

António Costa afirma que esta era a pasta que estava acordada com a presidente da Comissão Europeia, desde há duas semanas. No entanto, o combinado entre os três grandes responsáveis é que seria Ursula von der Leyen a apresentar publicamente a composição da sua Comissão e os pelouros atribuídos a cada uma dos 26 comissários.

O primeiro-ministro português felicitou “a senhora von der Leyen pela excelente equipa que tem e pela forma como distribuiu os pelouros, não só entre os diversos países como entre as diferentes famílias políticas”.

Sobre se esta pasta poderia aumentar o poder de decisão de Portugal dentro da Comissão Europeia, Costa assumiu que isso era relativo, uma vez que Portugal já teve Durão Barroso, Carlos Moedas e António Vitorino à frente de grandes entidades. Ainda assim, o pelouro para a Coesão e Reformas deve “aproximar a União Europeia dos cidadãos portugueses”, sendo uma pasta que “honra o nosso país” e que “está ao nível da qualidade da nossa comissária”

Questionado sobre se a pasta também poderia caber a Pedro Marques, o secretário-geral do Partido Socialista assume que sim “mas como é sabido, no trabalho de diálogo que vamos mantendo com a presidente da Comissão, nós apoiámos desde sempre o objetivo que tinha de ter uma comissão paritária e trabalhámos de uma forma construtiva nesse sentido e a solução que temos é uma excelente comissária com uma excelente pasta”.

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