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Em causa o nome do pavilhão: Rosa Mota diz-se “enganada” pela Câmara Municipal do Porto

A atleta está indignada com o facto de o pavilhão em sua honra no Palácio de Cristal, ir receber o nome do patrocinador das obras no espaço, a marca de cervejas Super Bock. Câmara diz que o nome de Rosa Mota “nunca esteve tão protegido”.
28 Outubro 2019, 10h20

Rosa Mota está revoltada pelo facto do pavilhão com o seu nome no Palácio de Cristal, na cidade do Porto, ir ficar associado a uma marca de cervejas. O espaço vai reabrir ao público esta segunda-feira, depois de ter estado em obras e irá chamar-se Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota, segundo avança a rádio “TSF”, a atleta não vai estar presente na cerimónia como forma de protesto.

Numa carta enviada à Câmara Municipal do Porto a que “TSF” teve acesso, Rosa Mota sentir-se “enganada” e refere que o seu nome foi subalternizado para ser dado destaque a uma marca de bebidas alcoólicas. “Comunico a todos os vereadores, em primeira mão, que não dou a minha anuência a algo que parece estar definitivamente estabelecido e que não foi o que foi acordado”, refere a atleta na carta.

Rosa Mota acrescenta que estava convencida de que o nome do Palácio de Cristal seria “Pavilhão Rosa Mota – Super Bock Arena”. “Quando recebi o convite do senhor presidente da Câmara para a reabertura do Pavilhão, e no qual está escrito “Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota” senti-me definitiva e claramente enganada”, escreveu a medalhada olímpica de Seul em 1988.

Face a toda esta polémica a Câmara Municipal do Porto emitiu também um comunicado  onde declara que o nome de Rosa Mota “está mais do que nunca protegido” dizendo não compreender “que alguém se possa considerar mais respeitado dando nome a um edifício em pré-ruína e sem uso, do que num moderno centro de congressos onde a sua designação está claramente inscrita”.

Segundo a “TSF” esta situação também caiu mal em Belém, de tal forma que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que estava convidado para a cerimónia de reabertura do Pavilhão, decidiu não estar presente. Oficialmente, a Presidência da República justifica a ausência de Marcelo Rebelo de Sousa com a necessidade de fazer exames médicos.

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