Confrontadas com o teletrabalho a tempo inteiro devido à pandemia, muitas empresas mostram-se agora interessadas em estabelecer um regime de funcionamento híbrido, no qual o home office se mantém, pelo menos, nos próximos meses. Ciente disso, a multinacional brasileira Invillia, que em novembro abriu um escritório em Lisboa, lançou no mercado global uma solução tecnológica para que os administradores e funcionários tenham uma visão mais ampla do trabalho dos seus colegas.
Chama-se InStation e é produto que foi desenvolvido no último semestre e distinguido num desafio da Microsoft Teams, app no qual está inserido. A plataforma de digital workplace cria uma representação virtual das várias áreas, departamentos e equipas de uma empresa e pretende que os colaboradores interajam como se um dia normal no escritório se tratasse.
Ou seja, integra os colaboradores num “edifício online” organizado por várias “salas” para cada equipa, que promove a proximidade e interação espontânea. Cada utilizador, identificado por uma fotografia de perfil, pode “circular” e relacionar-se com os outros, de forma coletiva ou individual, independentemente da sua localização. É também possível ter a “porta” fechada ou aberta para momentos de colaboração ou convívio.
A tecnologia cruza dados e permite descobrir tendências e padrões, dando uma melhor perspetiva do desenvolvimento individual de cada colaborador e procurando maior produtividade. A InStation tem por base um modelo de subscrição via marketplace da Microsoft, está disponível no modelo SaaS (Software as a Service) para aceder à app basta clicar no icon que aparece automaticamente no Teams após a ativação.
A plataforma é utilizada pela própria empresa que a criou. “Em abril completámos seis meses de Europa. Foi um aniversário comemorado no auge das medidas de segurança e prevenção. Com as equipas de Portugal – e de todos os lugares que atuamos – já 100% na nossa nova sede, um digital workplace que construímos para conectar e envolver os mais de 550 colaboradores”, destaca o CEO ao Jornal Económico (JE).
Renato Bolzan considero que se vive um interesse global por tecnologia e inovação. “As necessidades aumentaram e, simultaneamente, mudaram. O mercado passou por vários ajustes. A palavra expansão foi substituída por reinvenção e pela urgência de transformação. Com isso, só no último mês contratámos mais 65 pessoas e ganhámos mais dois clientes de peso”, refere o gestor ao JE, acrescentando que Portugal é um dos países da Europa que valoriza a “metodologia de construir inovação e soluções complexas de tecnologia”.
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