[weglot_switcher]

Embraer prevê que aeronaves regionais liderarão retoma no mercado chinês

A Embraer lembrou que o Governo chinês anunciou recentemente uma série de ações para o desenvolvimento de infraestruturas que inclui cerca de 200 novos aeroportos para incentivar e promover a realocação industrial.
  • Operários trabalham nas instalações da empresa construtora aeronáutica Embraer, Évora.
28 Setembro 2021, 19h01

A fabricante brasileira Embraer avaliou esta terça-feira que as aeronaves regionais liderarão a retoma no mercado da China e estimou entregas de quase 1,5 mil novas aeronaves, na categoria de até 150 assentos, no país asiático até 2040.

Entre essas entregas, 77% devem responder à expansão do mercado chinês e 23% substituirão aeronaves, segundo dados de um estudo de perspetivas divulgado pela Embraer durante o Zhuhai Airshow, a 13.ª Exposição Internacional de Aviação Aeroespacial da China.

“Durante a pandemia, aeronaves de pequeno e médio porte, assim como voos regionais, foram fundamentais na rápida recuperação da conectividade na China. Os nossos E-Jets foram um dos primeiros modelos de aeronaves a restaurar frequências nas malhas aéreas das empresas”, disse Guo Qing, diretor-executivo e vice-presidente de Aviação Comercial da Embraer China num comunicado.

“Na era pós-pandemia, construir um sistema de transporte aéreo mais eficiente é de vital importância. O mercado exige um perfil de frota mais equilibrado e uma estrutura de rotas para atender mais mercados secundários. Por isso, acreditamos que, nos próximos 20 anos, aeronaves com até 150 assentos vão mostrar todo o seu potencial”, acrescentou o executivo.

A Embraer lembrou que o Governo chinês anunciou recentemente uma série de ações para o desenvolvimento de infraestruturas que inclui cerca de 200 novos aeroportos para incentivar e promover a realocação industrial.

“A importância das aeronaves regionais continua a aumentar após a covid-19, desempenhando um papel fundamental no lançamento de novos serviços para esses aeroportos e no crescimento da procura”, destacou o comunicado da empresa.

A Embraer estimou que a receita medida em número de passageiros por quilómetros (RPK) na aviação civil chinesa deverá crescer a uma taxa média de 4,7% ao longo da próxima década, sinalizando a liderança do país na recuperação da aviação.

“Acreditamos que futuramente o mercado chinês de aviação será o maior do mundo. A Embraer construiu uma forte e positiva presença na região, fornecendo uma base sólida para o nosso jato mais avançado, o E2”, concluiu Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.

A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.