Uma empresa chinesa está interessada na Brisa, avança hoje a agência Bloomberg. A China State Construction Engineering Corp. poderá entrar no capital da empresa portuguesa de gestão auto-estradas, no que se pode tornar “num dos maiores negócios europeus de infraestruturas este ano”, escreve a Bloomberg.
A China State Construction Engineering formou um consórcio com o fundo de investimento chinês CNIC Corp. (empresa que chegou a deter 5% da EDP, mas que já vendeu a sua posição) e com o Fundo Chinês de Desenvolvimento de Cooperação com Países Lusófonos, e mais investidores poderão subir a bordo do consórcio, segundo a Bloomberg.
Além da empresa chinesa, existem duas empresas espanholas: Global Via Infraestructuras SA, e a Abertis Infraestructuras SA, em conjunto com o fundo de saúde de Singapura GIC Pte.
Também a japonesa Marubeni Corp. está na corrida, aponta a Bloomberg. Em Portugal, controla 22,5% da Galp Gás Natural Distribuição, em parceria com a também nipónica Toho Gas. A entrada teve lugar em 2016 por 138 milhões de euros.
A Marubeni também detém 50% da Trustenergy, em parcercia com a francesa Engie (também 50%). A Trustenergy é acionista, em conjunto com a Endesa, das centrais a gás natural do Pego e a Turboenergia, e também a central a carvão do Pego.
Segundo a Bloomberg, os fundos de infraestruturas Ardian SAS e o Macquarie Group Ltd., também já fizeram ofertas iniciais pela Brisa.
A Brisa é detida em 80% pela Arcus Infrastructure Partners e pelo grupo José de Mello. Esta posição pode valer um total de três mil milhões de euros, segundo fontes consultadas pela Bloomberg.
A Brisa opera 1.629 quilómetros de estradas em Portugal, incluindo 17 autoestradas.
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