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Isabel dos Santos constituída arguida em Angola em conjunto com quatro portugueses

Além da empresária, também foram constituídos arguidos Mário Leite da Silva, Paula Oliveira, Nuno Ribeiro da Cunha e Sarju Raikundalia.
22 Janeiro 2020, 18h19

A empresária angolana Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou esta quarta-feira, 22 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República de Angola. O anúncio foi feito pelo procurador-geral, Heldér Pitta Grós, em conferência de imprensa em Luanda.

A empresária angolana Isabel dos Santos é a principal visada de uma investigação jornalística, sob o nome ‘Luanda Leaks’, que detalha esquemas financeiros que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.

A empresária, filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, já tinha sido acusada pela justiça angolana, no final do ano passado, de celebrar negócios com o Estado através de empresas públicas.

Segundo o PGR de Angola, o processo de inquérito aberto na sequência de uma denúncia do presidente do conselho de administração da petrolífera, Carlos Saturnino, já foi transformado em processo-crime e algumas pessoas foram constituídas arguidas: a empresária e filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos; Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol: Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA; Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS e Nuno Ribeiro da Cunha, diretor do private banking do EuroBic em Lisboa.

De acordo com Pitta Grós, estes quatro portugueses “são pessoas cujos nomes aparecem sim, mas são de fachada, já que as empresas pertencem de facto a Isabel dos Santos”.

“Neste momento, a preocupação é notificar e fazer com que venham voluntariamente à justiça”, afirmou o PGR angolano.

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