Num mundo cada vez mais evoluído a nível tecnológico, é evidente a necessidade das empresas de acompanharem os avanços, de forma a tornarem as respetivas operações cada vez mais eficientes, nos mais diversos sectores. Até ao momento, 9% das empresas estão entre as mais sofisticadas a nível de tecnologias (automação, cibersegurança, inteligência artificial, entre outras vertentes), ao passo que 18% das companhias estão entre as mais frágeis nesse aspeto. Estes são dados que refletem claras melhorias face à realidade de há poucos anos, mas muito são os empresários de outras firmas que querem levá-las para o topo deste ‘ranking’.
As conclusões são de um estudo sobre empresas recentemente realizado pela Accenture, no qual se conclui que, entre as empresas com sede na Europa, os números são idênticos. No continente europeu, a porção de empresas no mais alto patamar de inovação é de 7% e as mais atrasadas representam 17%. Números importantes a vários níveis, já que as empresas mais avançadas registam melhores resultados nos planos financeiros e de sustentabilidade, por exemplo.
Os dados foram obtidos através de respostas a questionários e entrevistas realizados pela consultora, com executivos de um total de 1.700 empresas, que se dividem por 15 sectores de indústria e estão espalhadas por 12 países de quatro continentes. Mediante as respostas dadas pelos próprios, tanto nos questionários como nas entrevistas, a Accenture chegou à conclusão que, de entre as empresas em estudo, uma em cada onze estão super desenvolvidas no panorama digital.
Em entrevista ao Jornal Económico (JE), o diretor executivo das operações da Accenture na Europa, Eloi Decottignies refere que a realização do estudo tinha dois grandes propósitos. O primeiro seria perceber “em que ponto estão as empresas no avanço [tecnológico] das respetivas operações”. O segundo passava por entender “o que é que estão a fazer de diferente” as empresas que mostram um maior progresso.
Ora, as conclusões retiradas indicam que as firmas que fazem parte destes 9% registam receitas em média 1,4 vezes maiores, em comparação com as empresas que estão mais atrasadas na sua maturação. As diferenças são notórias não apenas neste, mas também noutros indicadores. É o que acontece com o retorno para os detentores de ações destas firmas, que em média são 2,2 vezes mais elevados.
Regista-se ainda uma vantagem de 42% na capacidade de inovação de processos e produtos disponibilizados, assim como uma capacidade 34% maior para reduzir o consumo de energia, à semelhança das emissões de carbono.
No caso da área de data & analytics, os números apontam para uma diferença mais acentuada, se compararmos os dados entre as firmas norte-americanas e europeias. Nos Estados Unidos, 26% têm capacidade avançada para reunir dados de toda a operação, permitindo a realização de, por exemplo, relatórios e análises internas à atividade empresarial. Estas são possibilidades consideradas essenciais por muitas das grandes empresas, para quem, deste modo, fica facilitada a necessidade de “perceber o negócio” e, por exemplo tomar decisões de forma mais ágil.
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