As empresas têm vindo a associar as métricas de sustentabilidade à remuneração dos seus executivos, segundo uma análise da KPMG. O documento revela que 78% das empresas analisadas associam a remuneração dos seus executivos com o desempenho da sustentabilidade.
O estudo “Incentivizing long-term value creation: Linking sustainability metrics to board members’ pay”, refere que 88% das empresas que definem objetivos específicos de sustentabilidade na remuneração do conselho de administração, alinham-nos com as prioridades do seu negócio.
Pedro Cruz, ESG coordinator partner da KPMG Portugal, afirma que “os resultados deixam claro que a ligação da remuneração dos executivos ao desempenho em matérias de sustentabilidade está a tornar-se cada vez mais generalizada nas maiores empresas do mundo. Embora existam algumas diferenças regionais, há uma tendência global consistente, que reflete o papel crucial que os CEOs desempenham na orientação de uma empresa para a criação de valor a longo prazo”.
“Esta é uma tendência que não deverá ser exclusiva das grandes empresas, sendo importante que se possa estender também às PME. O ponto de partida deve ser um pequeno número de indicadores de desempenho que sejam mensuráveis, de fácil identificação, significativos e decisivos para melhorar o desempenho de sustentabilidade de uma empresa”, refere o coordinator partner.
O relatório salienta que há uma diferença geográfica significativa na adoção de remuneração ligada às métricas de sustentabilidade, com as empresas da União Europeia (UE) a serem mais propensas a utilizar estas medidas do que as de fora da UE.
Em média, os países fora da UE estão menos alinhados do que os países da UE, com 7,5 empresas fora da UE a alinharem-se totalmente as métricas de sustentabilidade com a remuneração do conselho de administração, enquanto na UE este número sobe para 8,7 empresas.
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