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Empresas assumem a intenção de contratar e aumentar salários

Segundo o Total Compensation Portugal 2021 da Mercer, 31% das empresas inquiridas perspetiva o aumento de colaboradores ainda em 2021 e 27% tem essa expectativa para o próximo ano. O estudo envolveu 502 empresas a operar no mercado nacional.
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15 Setembro 2021, 11h10

Com a recuperação pandémica e económica à vista, cresce a confiança das empresas: 31% perspetiva o aumento do número de colaboradores ainda em 2021 e 27% tem essa expectativa para 2022, revela o estudo Total Compensation Portugal 2021, realizado pela Mercer, divulgado esta quarta-feira, 15 de setembro.

O estudo conta com a maior amostra de sempre de participantes: 502 empresas, maioritariamente internacionais (62%) com a casa mãe situada nos EUA (24%) e na Alemanha (16%). As empresas portuguesas representam 38% da amostra.

No entanto, existe ainda alguma incerteza no que toca às intenções de contratação das empresas para 2022, com 41% do total a não ter decidido até à data se pretende aumentar, manter ou reduzir o número de efetivos.

Os salários são outro indicador de “alguma evolução positiva”, dado que as previsões para 2022 mostram uma ligeira subida, face a 2021. Além do mais, assinala o estudo, o número de empresas com congelamentos salariais previstos para 2022 decresceu em comparação com 2021 (7% vs. 11%) e ainda mais face a 2020 (17%). Em contrapartida, salienta a Mercer, a variação salarial global parece evidenciar algum efeito da pandemia, apresentando-se como menos favorável que em anos anteriores.

Em 2021, os incrementos salariais rondam os 2% em média, oscilando entre 1,92% e 2,44%, em função dos níveis de responsabilidade. “Comparando o observado em 2021 com o previsto para 2022, a tendência mantém-se próxima verificando-se uma ligeira diminuição percentual para alguns dos grupos funcionais como os diretores de 1ª linha e as chefias intermédias. Nos restantes grupos funcionais verifica-se um ligeiro aumento”, adianta a Mercer.

Outro indicador analisado é o ‘turnover’ voluntário: a percentagem de colaboradores que saíram voluntariamente no ano anterior foi em média cerca de 5,0%, acima do mínimo de 1,5%, avançado na “edição especial” da Mercer em 2020 e que procurava identificar os impactos do Covid-19. Na leitura da empresa, “o clima pandémico e economicamente instável, menos propício à tomada de riscos e que em 2020 justificou este valor”, no entanto, apesar de ainda distante do valor médio de 2019, que foi de 10%, este indicador que traduz abertura à mudança de emprego, “parece ser um sinal positivo de evolução também do lado dos colaboradores”.

Na leitura de Marta Dias, Rewards Leader da Mercer Portugal, “os dados observados em 2021 no âmbito do Total Compensation apresentam-se como sinais de uma recuperação positiva da pandemia. A maioria das organizações demonstram agora mais confiança, e assumem a intenção de contratar e de oferecer incrementos salariais aos seus colaboradores. Os próprios colaboradores parecem estar mais confortáveis com situações de mudança, fator que pode ser avaliado através do indicador de rotatividade voluntária. Apesar de ainda um pouco distantes do observado em 2019, todos os indicadores apresentam uma evolução muito favorável”.

 

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