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Empresas devem aumentar salários em 3,8% no próximo ano, projeta Mercer Portugal

Estudo Total Compensation, divulgado esta quinta-feira, regista abrandamento nas contratações e crescimento dos salários no próximo ano, mas abaixo dos níveis de 2024. Mais de metade das empresas aponta a inflação como determinante para os aumentos.
12 Setembro 2024, 10h21

O incremento salarial médio projetado pela Mercer Portugal para 2025 é de 3,8%, o que representa um ligeiro abrandamento face a 2024, revela o estudo Total Compensation divulgado esta quinta-feira, 12 de setembro.

No estudo da Mercer, subsidiária da Marsh McLennan, participaram 612 empresas, representando cerca de 200 mil colaboradores.

Em 2024, assinala a Mercer Portugal, os aumentos efetivos realizados foram, em média, de 4,4%, 0,2% acima do observado em 2023.

“A variação salarial mantém-se positiva para todos os níveis funcionais, mas os dados destacam o facto de o crescimento dos salários ter sido superior de 2023 para 2024 (6,1%), quando comparado com o período homólogo anterior (5,3%)”, escreve a Mercer Portugal.

À parte dos níveis mais operacionais, nos quais se observam variações a rondar os 8%, muito impulsionados pelo crescimento do salário mínimo, este ano destacam-se também os níveis de maior responsabilidade, que registam crescimentos um pouco acima dos 10%”, detalha.

“Em resposta à desaceleração da inflação, as empresas estão a ajustar as suas perspetivas de incrementos salariais, mantendo-as ainda assim acima da inflação projetada para 2024/2025, pelo que é expectável que o próximo ano seja marcado por um novo aumento real do poder de compra dos colaboradores”, comenta Marta Dias,  rewards leader da Mercer Portugal.

As organizações portuguesas revelam-se cautelosas nas intenções de contratação, de acordo com as conclusões do Total Compensation. Uma fatia de 38% das inquiridas prevê a manutenção do número de colaboradores. Em linha com esta cautela estão também 34% das empresas, que ainda não decidiram se pretendem aumentar ou reduzir o número de trabalhadores no próximo ano.

Em contrapartida, 28% das empresas diz que o objetivo é continuar a crescer e aumentar os efetivos em Portugal.

Para 2024, o indicador de turnover voluntário, que atesta o número de saídas voluntárias de colaboradores das organizações, cifra-se nos 8,6%, um decréscimo de 2% face ao ano anterior, o que sinaliza um ligeiro abrandamento na dinâmica de mercado no que diz respeito a oportunidades de recrutamento e contratações.

No que respeita às compensações extrassalariais, a Mercer revela que o seguro de saúde (94%), o subsídio de refeição (90%) e automóvel (89%) são os benefícios mais frequentemente atribuídos pelas organizações. Oferta de dias adicionais de férias é pratica cada vez mais frequente (61%) assim como os benefícios flexíveis (30%)

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