As empresas estão a preparar-se para um aumento significativo nos investimentos em cibersegurança, motivadas pelo crescente impacto financeiro dos ciberincidentes.
Um novo relatório da Kaspersky, intitulado ‘Economia da Segurança de TI’, revela que os orçamentos dedicados à segurança de TI estão a ser revistos à luz das perdas substanciais que as organizações têm enfrentado.
Globalmente, a mediana dos orçamentos de cibersegurança é de 0,6 milhões de dólares, representando 12% do orçamento total de TI, que ascende a 5 milhões de dólares (4,7 milhões de euros).
As empresas planeiam aumentar, em média, os seus orçamentos de cibersegurança em 8,9% nos próximos dois anos.
Na Europa, a situação é ainda mais acentuada, com as empresas a alocar 16,9% dos seus orçamentos de TI à segurança, um valor que deve subir para 9,2% nos próximos anos.
As empresas do Sul da Europa têm um orçamento médio de 7 milhões de dólares (6,7 milhões de euros), dos quais 1,1 milhões são destinados à cibersegurança. Por sua vez, a Europa Ocidental apresenta um orçamento médio de 6,2 milhões de dólares (5,9 milhões de euros), com 900 mil alocados à ciberdefesa.
Os dados indicam que as perdas financeiras devido a ciberincidentes estão a motivar este aumento de investimento. Globalmente, as empresas reportam uma média de 14 incidentes anuais, com gastos médios de 1,8 milhões de dólares (1,7 milhões de euros) para a recuperação, o que representa três vezes o orçamento médio para cibersegurança.
Na Europa, o número médio de incidentes é de 16, com uma média de 1,7 milhões de dólares (1,6 milhões de euros) gastos em recuperação.
O Reino Unido destaca-se com o maior número médio de ocorrências, 19, e as maiores perdas financeiras, que ascendem a 2,6 milhões de dólares (2,5 milhões de euros). As empresas italianas e alemãs também estão a investir significativamente em segurança, com um orçamento médio de 1,1 milhões de dólares.
Apesar do aumento dos investimentos em tecnologia de segurança, o relatório destaca uma falha crítica: apenas 53% das empresas estão a investir na formação dos seus colaboradores em matéria de segurança.
Este desvio pode deixar as organizações vulneráveis a ataques, uma vez que a falta de formação adequada pode comprometer até mesmo as soluções de segurança mais avançadas.
O relatório da Kaspersky, que baseia suas conclusões em entrevistas com 1985 profissionais de TI de 27 países, revela que, embora as empresas reconheçam a importância de proteger a sua infraestrutura digital, a formação contínua dos colaboradores continua a ser uma lacuna significativa na estratégia de cibersegurança.
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