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Empresas que representam cerca de 35% do PIB consideram as medidas do Governo insuficientes

Mais de 80% dos cerca de 220 presidentes executivos e administradores de empresas de média e grande dimensão que atuam em Portugal e que representam aproximadamente de 35% do PIB consideram que  as medidas de adotadas pelo Governo para mitigar os efeitos da Covid-19 são insuficientes.
16 Abril 2020, 13h36

Mais de oito em cada dez empresários portugueses consideram que as medidas de apoio às empresas anunciadas pelo Governo para mitigar os efeitos adversos do novo coronavírus são insuficientes.

Mais de 80% dos cerca de 220 presidentes executivos e administradores de empresas de média e grande dimensão que atuam em Portugal e que representam aproximadamente de 35% do PIB consideram que  as medidas de adotadas pelo Governo para mitigar os efeitos da Covid-19 são insuficientes.

A conclusão é de um inquérito levado a cabo pelo Kaizen Institute Consulting Group, uma consultora, e concluiu também que o grau de confiança caiu para os 8,4 valores em 20 face ao último barómetro de fevereiro, em que o grau de confiança se fixou nos 12,1 valores.

Mais de metade (55%) das empresas inquiridas já reduziram, ou vão reduzir, o número dos postos de trabalho devido à Covid-19, sendo que seis em cada dez empresários considera que a retoma das operações vai demorar entre seis meses a um ano.

O senior partner do Kaizen Institute Western Europe, António Costa, citado em comunicado, explicou que, “por considerarem que estas medidas não estão a ser suficientes, os empresários com quem o Kaizen Institute colaborou indicaram várias iniciativas que consideram importantes e que gostariam que fossem implementadas. 40% dos inquiridos destacou questões como a isenção de comissões nas Linhas de Crédito disponibilizadas pelo Estado, a adoção do apoio financeiro às famílias ou a possibilidade de isenção de contribuições sociais a empregadores que optem por pagar acima dos valores previstos pela lei em caso de lay-off”.

Os empresários consideram importante que sejam implementadas mais medidas, como a isenção de comissões nas linhas de crédito disponibilizadas pelo Estado, a adoção do apoio financeiro direto às famílias e a possibilidade de isenção de contribuições sociais a empregadores que optem por pagar acima dos valores previstos pela lei em caso de lay-off.

No que diz respeito às medidas de apoio que já foram lançadas pelo Estado, metade dos inquiridos já recorreu ou planeia recorrer ao lay-off simplificado, isto é, ao apoio extraordinário à manutenção de contratos de trabalho. Além disso, 43% dos empresários consultados já recorreu ou pretende recorrer à flexibilização do pagamento de impostos.

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