A Endesa Portugal venceu o projeto de energia solar flutuante no Alto Rabagão, distrito de Vila Real. O projeto visa a instalação de 42,5 megawatts de potência solar flutuante, mas o projeto da companhia liderada por Nuno Ribeiro da Silva tem mais componentes: 48 megawatts de energia eólica e 16 megawatts de armazenamento em baterias, apurou o JE.
Curiosamente, a Endesa vence o lote no local onde a EDP instalou precisamente um projeto-piloto de energia solar flutuante em 2016.
O Governo leiloou na segunda-feira um total de 263 megawatts (MW) em sete barragens do país, incluindo 100 megawatts no Alqueva, no que vai ser o maior projeto de solar flutuante no mundo.
No rio Tejo foram leiloados, 50 MW em Castelo de Bode e 33 MW no Cabril, e na região norte foram leiloados 42 MW no Alto Rabagão, 17 MW em Vilar-Tabuaço, 13 MW em Paradela e 8 MW em Salamonde.
A empresa vai assim investir 115 milhões de euros neste projeto.
“A Endesa continua o seu compromisso com Portugal, na sequência do projecto vencedor do concurso de transição justa no Pego e vamos investir neste projecto inovador de produção renovável, como o solar flutuante”, disse o director-geral de geração da Endesa, Rafael González, num comunicado entretanto divulgado.
A companhia também venceu recentemente o contrato para a ligação do Pego que visa a construção de um projeto solar e eólico, num investimento de 600 milhões de euros, no lugar da antiga central a carvão.
A EDP também anunciou esta terça-feira que “obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal, com um CfD (contrato por diferenças) de -€4/MWhp or um período de 15 anos”, anunciou hoje a elétrica.
Para esta albufeira, a companhia tem um projeto, a par com o solar flutuante, que visa “instalar até 154 MW de energias renováveis incluindo 70 MW de solar PV flutuante sujeitos ao CfD acima referido e, adicionalmente, 14 MW de sobreequipamento solar e hibridização de 70 MW de capacidade eólica, ambos excluídos do CfD”.
Este projeto tem “data de entrada em operação prevista para 2025, sendo um exemplo claro da criação de valor através da hibridização de tecnologias renováveis e da otimização da capacidade de ligação à rede elétrica”, segundo a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade.
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