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Energética francesa com presença em Portugal muda de mãos

Akuo tem o objetivo de atingir 5 gigawatts até 2030.
24 Março 2025, 18h27

Foi a grande vencedora do leilão solar de 2019 em Portugal e foi agora comprada por um fundo francês.

A Akuo foi comprada pela Ardian, anunciaram hoje as empresas. A energética francesa construiu um total de 1,9 gigawatts nos últimos 18 anos.

A companhia tem o objetivo de atingir 5 gigawatts até 2030, com o crescimento a ser apoiado por um “portefólio robusto de projetos em desenvolvimento”.
“A Ardian irá alavancar a sua expertise no setor das energias renováveis para dar suporte à Akuo na sua próxima fase de crescimento. Além de capitalizar os sólidos fundamentais da empresa para perseguir ambições de crescimento, a Ardian também fornecerá a capacidade financeira necessária para os numerosos projetos de energia renovável da Akuo”, pode-se ler no comunicado.

A Akuo inaugurou o seu primeiro projeto em Portugal em setembro de 2024: a central de Santas nos concelhos de Monforte, Borba e Estremoz, no distrito de Évora, vai ter uma capacidade de 181 MWp, sendo uma das maiores centrais solares em Portugal.

O investimento dos franceses da Akuo deverá rondar um valor entre os 125 milhões a 150 milhões de euros, segundo um cálculo do JE tendo em conta os preços praticados no mercado.

Além desta central, a companhia tem mais dois projetos em Portugal: a central de Margalhas e a de Polvorão, mas estes ainda estão em execução. A companhia é liderada em Portugal por João Macedo (na foto).

O grupo francês foi o grande vencedor do primeiro leilão solar ao ganhar um total de potência de 370MW.

Em 2020, a companhia estimou que este investimento deveria ascender aos 300 milhões de euros.

Por lotes, a Iberdrola foi a grande vencedora, com sete dos 24 que foram a jogo. A espanhola ganhou 150 MW de potência no Algarve e Vale do Tejo e já inaugurou todas as suas centrais.

Inicialmente, as centrais tinham prazo de execução até 2022, altura em que deveriam estar em operação, mas a pandemia veio complicar o cenário e atrasou a sua implementação.

Em dezembro de 2023, a Iberdrola anunciou a conclusão da instalação de todas as suas centrais solares do leilão de 2019, em que venceu o maior número de lotes, num total de sete: Montechoro I e II (12 MW e 25 MW), Algeruz II em Setúbal (27 MW), Conde, em Palmela (14 MW), as centrais fotovoltaicas de Alcochete I e II (46 MW) e Carregado (62 MW).

O primeiro leilão teve mais de 64 interessados e bateu recordes ao alcançar o preço mais baixo de sempre num dos lotes: 14,70 euros por megawatt/hora (MWh), e isto num momento em que o preço no mercado grossista Mibel situava-se nos 52 euros MWh.

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