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Energéticas lideram perdas no PSI, mas Europa reage no ‘verde’ ao corte da Fed

A Reserva Federal cortou as taxas de juro de referência na quarta-feira e os mercados europeus reagiram com ganhos. O PSI ficou em contraciclo, ao encerrar em queda.
19 Setembro 2024, 17h06

A bolsa de Lisboa encerrou com perdas, em contraciclo com as principais praças europeias, afetado sobretudo pelas quedas nos títulos das energéticas.

A EDP desvalorizou 1,51%, até aos 3,967 euros por ação, ao passo que a EDP Renováveis recuou 1,18% e ficou-se pelos 15,08 euros. A NOS caiu 1,10%, para os 3,58 euros, ao passo que a REN desceu 1,03% e ficou-se pelos 2,405 euros.

Por outro lado, a Mota-Engil adiantou-se 1,11%, para os 2,540 euros.

Entre as congéneres europeias foi notório o sentimento positivo, após a Fed cortar nas taxas de juro. França subiu 2,29% e o índice agregado ganhou 2,24%, ao passo que a Alemanha somou 1,55%. A Itália encaixou 1,06%, enquanto o Reino Unido avançou 0,94% e Espanha ficou-se pelos 0,80%.

O analista de mercados do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro, afirma que “foi uma sessão de otimismo a que se viveu nas bolsas europeias, num sentimento que é reforçado em Wall Street. Os investidores estão a celebrar o corte de taxas de juro anunciado ontem ao final da tarde pela Fed. O Banco Central norte-americano reduziu a taxa diretora em 50 pontos base, um corte superior ao que a média dos analistas antecipava (25pbs). O impacto é mais visível nos setores mais cíclicos, em especial no Tecnológico, que disparou mais de 3%, tal como o de Recursos Naturais”.

“Empresas com maior potencial de crescimento, as designadas Growth, e cotadas que beneficiam do efeito de redução de juros sobre a sua divida, sentem entusiasmo, algumas das quais estão listadas num novo separador temático da sua estação e app de bolsa, com o nome TOP MOMENTO. O PSI esteve em contraciclo, com o grupo EDP, a REN e a NOS a registarem performance mais negativa, o que pode revelar algum impacto dos incêndios em Portugal, que têm deixado um grande rasto de destruição e muitos prejuízos em linhas telefónicas e redes de distribuição”, refere o analista.

Nas commodities, o Brent sobe 1,87%, até aos 75,03 dólares por barril, ao passo que o crude está a ser negociado nos 71,36 dólares por barril, em reflexo de um acréscimo de 2,12%.

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