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Energias renováveis com impacto positivo de 2,4 mil milhões para os consumidores em nove anos

Entre custos para o consumidor e poupanças obtidas, as renováveis tiveram um impacto positivo, segundo um estudo realizado pela Deloitte.
17 Setembro 2019, 20h13

Os benefícios das energias renováveis compensam os seus sobrecustos para os consumidores de eletricidade? A discussão já tem vários anos e tem dominado a agenda política na área da energia na última década.

Entre 2010 e 2018, as energias renováveis tiveram um impacto positivo de 2,4 mil milhões de euros para os consumidores de eletricidade em Portugal. A conclusão é de um estudo realizado pela consultora Deloitte em colaboração com a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), apresentado esta terça-feira, 17 de setembro, em Lisboa.

O estudo fez um balanço entre os custos das renováveis na fatura dos consumidores – pagos através dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) -, e o seu impacto positivo para o sistema elétrico.

Desta forma, os custos com a produção de energia renovável pagos pelos consumidores atingiram os 7.570 milhões de euros no espaço de nove anos. Já a poupança obtida devido às energias renováveis atingiu os 10.000 milhões de euros. Fazendo o balanço, o impacto positivo das renováveis atingiu os 2.400 milhões de euros entre 2010 e 2018, segundo o estudo.

O impacto positivo das energias renováveis no preço da eletricidade significa que o preço médio de venda foi 24,2 euros por megawatt hora inferior face ao preço que teria sido praticado sem impacto das renováveis, de acordo com o documento.

“Temos uma balança líquida de importação de energia de tudo aquilo que não é produzido localmente. Continuamos a comprar carvão, petróleo bruto para os transportes, algum refinamos cá, outro compramos já em combustível líquido. Mais gás natural para uma quantidade de usos energéticos”, apontou o secretário-geral da APREN, referindo-se à situação atual, em que o país está dependente energicamente do exterior.

“Agora, se podemos transformar essas importações, que são saídas de capital de Portugal, para fazer investimentos em Formação de Capital Bruto e com isso fazer o crescimento direto do PIB com crescimento do emprego, do desenvolvimento económico e social e com a melhoria das condições de vida”, afirmou Pedro Amaral Jorge, destacando as vantagens do desenvolvimento de energias renováveis em Portugal.

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