O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, considera que a entrada do grupo Altice na estrutura acionista da British Telecom (BT) revela a “vitalidade, ambição e capacidade de crescimento” da dona da Meo.
“Num momento em que surgem infundados rumores sobre o projeto da Altice Portugal, o grupo a que pertenço há cerca de 10 anos, volta a mostrar a sua vitalidade, ambição e acima de tudo capacidade de crescimento”, escreveu Alexandre Fonseca na sua conta de LinkedIn.
O grupo liderado pelo franco-israelita Patrick Drahi anunciou na quinta-feira a aquisição de 12,1% do capital da britânica BT, tornando-se no maior acionista do maior operador de telecomunicações do Reino Unido, anunciou a dona da Meo esta quinta-feira. A operação, avaliada em 2,5 mil milhões de euros, foi revelada numa altura em que há fontes de mercado a indicar que a Altice prepara uma eventual saída do mercado português.
Para o CEO da Altice Portugal, o grupo afirma-se assim “de forma incontornável, na economia global, controlando um dos maiores operadores da Europa e retirando sinergias das múltiplas operações e parcerias”. O gestor sublinha também que o grupo Altice é agora “um dos maiores grupos de telecomunicações a nível europeu e mundial, com posições de destaque nos principais operadores em França, Inglaterra, Estados Unidos e Portugal (entre outros)”.
“Reconheço e destaco a capacidade e visão dos dois acionistas e fundadores do grupo Altice, Patrick Drahi e Armando Pereira, com quem tenho o privilégio de trabalhar de forma próxima e continuada há uma década e com quem estabeleci uma relação de confiança e amizade, contribuindo também para este crescimento do grupo a que pertenço e onde tenho a honra de liderar uma das suas maiores operações”, acrescenta.
A entrada da Altice na BT – com o grupo a a garantir que não pretende assumir a gestão do operador britânico – ocorre numa altura em que a Altice prepara-se para vender a operação em Portugal. A Altice Portugal tem negado que esteja em preparação a venda da sua operação em Portugal. Tal como o Jornal Económico noticiou a 4 de junho, o grupo Altice está a enviar informação da operação em Portugal a potenciais interessados, pedindo cerca de 6,5 mil milhões de euros. Mas a operação portuguesa apenas terá atraído private equities.
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