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Ericsson pede prisão de chairman de telecom indiana por dívida de 69,2 milhões de euros

A RCom, que já foi a empresa de telecomunicações mais valiosa da Índia, está num processo de sobrevivência empresarial depois de ter perdido grande parte da sua quota de mercado.
4 Janeiro 2019, 13h13

A empresa de telecomunicações Ericsson requereu junto do Supremo Tribunal da Índia a prisão do chairman da Reliance Communications (RCom), Anil Ambani, após a telecom indiana ter violado uma ordem judicial ao não pagar a dívida de 79 milhões de dólares (69,2 milhões de euros aproximadamente) ao grupo sueco.

A RCom, que já foi a empresa de telecomunicações mais valiosa da Índia, está embrenhada num processo de sobrevivência empresarial depois de ter perdido grande parte da sua quota de mercado. Nesse processo está incluída uma luta judicial com a Ericsson, iniciada em 2018, quando o grupo sueco deu entrada com um processo de pedido de insolvência contra a RCom, revindicando 158 milhões de dólares (138,5 milhões de euros) em dívida por taxas não pagas de serviços de gestão terceirizados.

De acordo com o “Financial Times“, a Ericsson aceitou baixar esse valor para metade, com a garantia de um pagamento imediato. O acordo foi deferido pelo Supremo Tribunal da Índia, em agosto, sendo que a RCom deveria ter pago 79 milhões de dólares até setembro do ano passado. Mas a telecom indiana conseguiu o prolongar esse prazo até dia 12 de dezembro, mas a quantia acordada ainda não ‘caiu’ na conta da Ericsson.

Pelo incumprimento, a telecom sueca responsabiliza o magnata indiano Anil Ambani, que é o chairman da RCom, e pede, por isso, a sua prisão por incumprimento de ordem judicial.

Acresce ainda o facto de a Ericsson acusar a RCom de procurar alongar o prazo do pagamento “sem intenção de pagar”, procurando também “lucrar ilegalmente” com a venda de ativos em vez de os transferir para os credores.

 

 

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