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Ervideira investe 300 mil euros em três novas lojas

A produtora de vinhos do Alentejo reforça a aposta no enoturismo, passando de três para seis lojas, como novos espaços em Lisboa, Fátima e Castelo de Vide.
  • Instalações da produtora de vinho Ervideira
16 Fevereiro 2020, 15h24

A produtora de vinhos Ervideira investiu cerca de 300 mil euros na abertura de três novas lojas, em Lisboa,m Fátima e Castelo de Vide.

“A Ervideira dá os primeiros passos fora da sua zona de conforto. Com mais de 100 anos de história no mundo dos vinhos em Portugal, a produtora vitivinícola sai do Alentejo e expande agora o seu negócio de enoturismo a outras cidades do país”, destaca um comunicado da empresa vitivinícola.

A primeira destas três novas lojas da Ervideira foi inaugurada no passado fim-de-semana, em Fátima.

“Considerada a região com o maior e mais rico património histórico, cultural e religioso e também reconhecida mundialmente como um dos locais mais estimados de peregrinação acaba de receber a energia positiva que tanto carateriza a ‘família’ Ervideira. Localizada muito perto do Santuário, no número 410 da Avenida Beato Nuno, tem um horário que vai das 10.00 às 18.00 todos os dias do ano”, explica o referido comunicado.

“A abertura desta loja em Fátima tem a ver com o nosso objetivo de querer estar presente em zonas de turismo. E, se pensarmos bem, Fátima é dos destinos mais procurados em Portugal, depois de Lisboa, Porto e Algarve. Só no ano passado mais de oito milhões de pessoas passaram por aquela localidade. Mais, trata-se de uma região sem grande histórico de produção vínica, o que nos permite ter uma vantagem competitiva bastante interessante nesta fase inicial”, explica Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira.

Já durante o presente fm de semana, a Ervideira chegou a Lisboa. A capital portuguesa foi o segundo local escolhido para instalar a nova loja Ervideira.

“É no Restelo que se vai poder desfrutar de um vinho alentejano ao final da tarde ou onde vai poder comprar o que de melhor se produz naquela região para levar para casa ou, simplesmente, para oferecer”, adianta o comunicado em questão.

“Uma vez mais, a zona escolhida – o Restelo – foi pensada com base no nosso objetivo em querermos estar na rota turística da cidade. O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém são dois dos monumentos mais visitados no país. Não queremos ser apenas mais um espaço com venda de vinhos, mas sim um local onde os consumidores e turistas podem encontrar as nossas melhores referências e ter uma experiência memorável. E a verdade é que os turistas, pelo simples facto de estarem de férias, têm, à partida, uma maior predisposição para este tipo de programas”, refere Duarte Leal da Costa.

“Todas as lojas têm o mesmo estilo e decoração, apostando no minimalismo e em tons claros – algo já bastante comum se pensarmos bem nas três lojas que a empresa tinha até à data (na Adega, em Évora e em Monsaraz). Nas novas lojas estarão postos à venda todos os vinhos da Ervideira assim como os vinhos que são exclusivos do Clube Ervideira e o consumidor terá a possibilidade tanto de comprar uma garrafa como de tomar um copo de vinho acompanhado de um petisco alentejano: queijo ou enchidos”, assegura o comunicado.

Além destas duas lojas, em Fátima e em Lisboa, a Ervideira tem já prevista a abertura de uma terceira loja, em regime de ‘franchising’, em Castelo de Vide, conhecida como a ‘Sintra do Alentejo’.

“A recente chegada do meu filho Duarte à empresa reflete a nossa clara aposta no enoturismo. Até aqui esta área tem representado a nossa maior fonte de receitas e acreditamos que grande parte se deve ao facto de termos acesso direto ao consumidor/turista. Temos uma equipa incrível, que veste verdadeiramente a camisola e que sabe perfeitamente envolver e cativar o cliente na nossa história e filosofia. Esse é o nosso segredo!”, conclui o porta-voz da Ervideira.

Recorde-se que a Ervideira dfechou o ano de 2019 com uma faturação superior a 2,5 milhões de euros, o que representou um crescimento de 12% face ao período homólogo.

A produtora, encerrou o ano passado com uma produção de cerca de 600 mil garrafas de vinho na região do Alentejo e exportou 25% dessa produção para 18 países.

Os responsáveis da Ervideira referem que houve uma quebra de percentagem na exportação , mas em resultado do crescimento das vendas em mercado nacional e no enoturismo, “não tendo havido quebras de vendas em quantidade valor, apenas em percentagem”.

“Os resultados atribuem-se à consolidação do posicionamento junto dos vinhos topo de gama – já que mais de 50% da faturação passa pelos vinhos da Gama Conde D’Ervideira (‘premium’ e ‘super-premium’), na qual se engloba os icónicos Invisível e o Vinho da Água – e ao notável comportamento das ‘Ervideira Wine Shop’ –  que tiveram um crescimento acima dos 20% e com a faturação a ultrapassar a barreira dos 600 mil euros”, destacam os responsáveis da empresa.

De acordo com Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira, “o enoturismo é, cada vez mais, um “things to do” quando se visita uma região”.

“A solidez da nossa oferta e o crescimento sustentado que temos verificado permite-nos assegurar que ano de 2020 será um ano de viragem. É o ano que se assinala não só a entrada da 5ª geração na empresa, mas também a aquisição da totalidade do capital social ao resto da família, num processo que envolveu um investimento de dois milhões de euros”. A Ervideira passa agora a uma estrutura de capital social com três sócios, encabeçada por Duarte Leal da Costa e os seus dois filhos (a 5ª geração), mantendo-se assim a totalidade apenas num ramo da família”, salienta o referido comunicado.

 

 

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