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Escritórios em Lisboa: ocupados mais de 200 mil metros quadrados em 2018

Na capital, este número representa um aumento de 24% em relação ao ano anterior. Já na região do Porto, a ocupação foi de 80 mil metros quadrados.
23 Abril 2019, 15h54

Em 2018 foram ocupados 206.428 metros quadrados de espaços de escritórios em Lisboa, o que representou um aumento de 24%, em relação ao ano anterior, com a renda prime a atingir os 21 euros por metro quadrado/mês na capital, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pela consultora imobiliária Savills.

De acordo com a consultora, a grande tendência deste ano para o mercado de escritórios em Lisboa vai estar na renegociação de espaços e transações de pré-arrendamento, “num ano que se prevê marcado por uma quebra inevitável no volume de absorção perante uma oferta que irá manter-se escassa ao longo do ano. A falta de oferta nova e a necessidade urgente de mudança de espaço tem motivado o surgimento de duas tendências: por um lado, as empresas acabam por optar por instalações mais obsoletas, apostando em ligeiras intervenções que adequem melhor o espaço aos seus requisitos de ocupação. Por outro lado, alguns proprietários de edifícios apostam no reposicionamento e modernização dos seus edifícios para receberem novos inquilinos”, explica Alexandra Gomes, Senior Analyst do departamento de Research da Savills Portugal.

No que toca ao valor das rendas em Lisboa a tendência de subida ao longo de 2018 manteve-se, com a renda prime a atingir os 21 euros por metro quadrado/mês. Comparado com outras cidades europeias, o mercado de escritórios de Lisboa oferece os valores de rendas mais competitivos.

No entanto, a chegada de novos projetos de elevada qualidade nos próximos dois a três anos deverá elevar as rendas prime, a valores que poderão atingir os 25 euros por metro quadrado/mês.

“A recuperação do mercado ocupacional, com início em 2014, traduz um nível de procura elevado, no qual os grandes ocupantes começam a ter um peso muito importante e a contribuir igualmente para o prestígio da cidade de Lisboa no contexto internacional”, refere Alexandra Gomes.

Escritórios: Porto deve aumentar 150 mil metros quadrados

Já em relação à cidade do Porto em 2018, o mercado de escritórios registou mais de 40 operações num volume aproximado de 80 mil metros quadrados. Um valor que segundo a Savills se deve à “elevada procura por parte de empresas multinacionais e grandes ocupantes tem sido a principal responsável pela subida nos valores de absorção, que se prevê aumentarem ao longo de 2019”.

No futuro são esperados cerca de 10 novos projetos que representam um aumento de mais de 150 mil metros quadrados de espaços de escritórios, contribuindo para a capacidade de resposta do mercado face a uma procura que se prevê continuar a aumentar. Exemplos disso são o Edifício Porto Office Park (POP) com 31 mil metros quadrados previsto para o final do ano 2019, do Edifício Porto Business Plaza na zona Porto Oriental – Campo 24 de Agosto, que irá acrescentar 15.500 metros quadrados de oferta nova e do Palácio dos Correios nos Aliados com 16.800 metros quadrados, cuja conclusão também está prevista para este ano.

Alexandra Gomes afirma que “os diversos projetos de reabilitação e requalificação de edifícios antigos têm exercido um papel fundamental no incremento da oferta disponível de escritórios na cidade do Porto. A estes processos de reabilitação, juntam-se igualmente um conjunto de fatores que conferem à cidade do Porto um grau de atratividade cada vez mais considerável, entre eles o talento qualificado, a presença de várias startups e incubadoras, a localização geográfica estratégica, um mercado turístico em crescimento e o enorme potencial de requalificação de edifícios existentes para novos projetos imobiliários. Destaque para o contributo importante de zonas como Matosinhos, Maia ou Boavista para o mercado de escritórios do Porto”.

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