São muitas as Pequenas e Médias Empresas (PME) que começam a estar preocupadas em conseguir responder às perguntas que os investidores e clientes fazem sobre as suas práticas de ESG.
Por ESG (Environment, Social and Governance) entende-se as áreas que as empresas devem desenvolver de forma a poderem contribui para um desenvolvimento sustentável, que respeite as pessoas e os limites do planeta. Apresenta-se como um conjunto de ações, traduzidas com indicadores, que permite as empresas evidenciarem o seu desempenho nas áreas Ambientais, Sociais e de Governação.
Estas áreas são hoje consideradas como fundamentais para uma boa gestão empresarial, uma vez que acautelam uma melhor gestão de risco, proporcionam a identificação de novas oportunidades de mercado e são essenciais para que os investidores, clientes e financiadores possam confiar na gestão profissional da empresa.
Para que se consiga identificar como é que a empresa pode contribuir para um desenvolvimento sócio económico mais sustentável, é necessário a PME compreender o contexto deste tema e definir a sua estratégia de sustentabilidade.
Como já vimos num outro artigo que escrevi em agosto, definir uma estratégia de sustentabilidade é desafiante, mas não é assim tão difícil. Na realidade, e da experiência que tenho tido com PME, é um exercício muito útil para promover a eficiência da organização, ter um melhor conhecimento da empresa e melhorar a competitividade.
As práticas de ESG resultam, assim, da análise estratégica de sustentabilidade que a empresa realizou. Os impactes ambientais, sociais e éticos são diferentes de setor para setor, de região para região, e por isso cada empresa necessita de fazer a chamada análise de materialidade, para conseguir identificar os temas que, efetivamente, pode melhorar na sua gestão a nível ambiental, social e ético.
De qualquer maneira, existe já um conjunto de temas ESG que são identificados pelos standards europeus relativos à informação que as grandes empresas devem reportar ao nível de sustentabilidade a partir de 2026. Muitas PME, mesmo não sendo obrigadas por lei a reportar, começam também a ser questionadas pelos seus clientes e financiadores acerca das suas práticas de sustentabilidade que se consubstanciam então em várias ações nas áreas ESG.