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Espanha poderá adotar medidas de quarentena obrigatória para turistas do Reino Unido

A ministra Arancha González Laya diz que o governo espanhol quer “dialogar adequadamente com as autoridades do Reino Unido” para garantir que ambos tomem a melhor decisão que corresponda à situação da saúde, “que hoje é um pouco melhor em Espanha do que no Reino Unido”.
  • Espanha
16 Junho 2020, 18h02

O governo de Sánchez está a considerar adotar as medidas de quarentena obrigatória, tal como foi imposto no Reino Unido, para os turistas britânicos que decidam visitar Espanha. A intenção chega numa altura em que o país se prepara para abrir as fronteiras aos membros da União Europeia (UE) e espaço Schengen, no domingo.

A possibilidade foi anunciada pela ministra dos Negócios Estrangeiros espanhola esta terça-feira. Arancha González Laya disse que a medida está a ser considerada em resposta à decisão do governo britânico de exigir que todas as chegadas internacionais ao Reino Unido, incluindo os residentes britânicos que regressem, cumpram isolamento durante 14 dias.

“Vamos verificar o que o Reino Unido fará e estaremos em diálogo com para ver se devemos ou não introduzir reciprocidade, pois eles têm medidas diferentes das do resto da UE”, disse no programa “Hardtalk” da “BBC”.

Arancha González Laya acrescentou ainda que o governo espanhol pretende “dialogar adequadamente com as autoridades do Reino Unido” para garantir que ambos tomem a melhor decisão que corresponda à situação da saúde, “que hoje é um pouco melhor em Espanha do que no Reino Unido”.

No domingo, o chanceler britânico, Rishi Sunak, disse que o período de quarentena de 14 dias seria mantido sob revisão, acrescentando que o governo estava “a analisar todas as opções”, incluindo a abertura de corredores de viagens com outros países.

A medida tem sido altamente contestada pelas companhias aéreas britânicas que, depois de classificarem a medida como “injusta e desproporcional”, processou o governo de Boris Johnson para eliminar a quarentena imposta aos viajantes.

Numa declaração conjunta, as empresas declararam que a quarentena em vigor desde segunda-feira, com um período mínimo de três semanas, “terá um efeito devastador no turismo e na economia do Reino Unido e destruirá milhares de empregos”

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