Espanha: Sondagem dá liderança ao PSOE nas intenções de voto

Depois de o chefe do governo espanhol em funções, Pedro Sánchez, e o líder do Podemos, Pablo Iglesias, terem assinado esta segunda-feira o acordo programático com as principais medidas do seu futuro executivo de coligação, o jornal “El Mundo” divulgou, esta quinta-feira, uma sondagem que dá liderança ao PSOE nas intenções de voto enquanto a coligação Unidas Podemos surge em quarto lugar.

De acordo com os resultados do inquérito, o partido que está no governo espanhol acumula 27,5% das intenções de voto, seguindo-se do Partido Popular (PP), com 20,1%, e do Vox, que fortifica a posição de terceira força política no país com 16%. O partido de Pablo Iglesias ocupa (por pouco) a quarta posição, recolhendo 15,4% das votações.

Abaixo dos 10% surgem o Ciudadanos, com 4,8%, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), com 3,5%, o Más País, com 2,3%, o Juntos pela Catalunha (JxCat), com 2% e o Partido Nacionalista Basco, que conquista apenas 1,6%. A categoria de “outros” [partidos] soma 6,8%, segundo o estudo de opinião da Sigma Dos e do”El Mundo” (que teve por base mil entrevistas feitas entre dia 26 e 27 de dezembro de 2019).

Em temos de figuras políticas, Alberto Garzón, membro do Partido Comunista da Espanha, obtém uma avaliação de 4,15 em dez, seguindo-se Inés Arrimadas (4 pontos), Pedro Sánchez (3,95), Íñigo Errejón (3,91), Pablo Iglesias (3,86), Pablo Casado (3,74) e Santiago Abascal (3,32).

PSOE e Podemos assinam acordo de coligação 

A revogação da reforma laboral feita pelo governo liderado pelo PP e o aumento dos impostos para os rendimentos mais elevados estão entre os compromissos da coligação governamental que Sánchez, líder socialista, e Iglesias selaram num evento realizado no Senado.

Num salão com as bandeiras da Espanha e da União Europeia atrás e sem mais decoração do que a mesa para a assinatura, Sánchez e Iglesias rubricaram o acordo de governo na presença das equipas de negociação do PSOE e do Podemos e membros do governo em funções.

O PSOE (centro-esquerda) e Unidas Podemos (coligação eleitoral de esquerda radical) definiram, assim, os princípios que devem nortear uma solução governativa entre os dois partidos, no qual deverá entrar Pablo Iglesias, líder do Podemos, como vice-primeiro-ministro.