Pedro Brinca, professor da Nova SBE, acredita que o crescimento do PIB do segundo trimestre será provavelmente o maior registado em várias décadas. Diz que Portugal tem condições para ter um défice que permita um apoio mais forte à economia no próximo ano, mas tem “dúvidas que será essa a opção política a ser tomada”.
Um estudo recente do BdP estima que na ausência dos estabilizadores automáticos
e das medidas orçamentais o PIB teria caído 11% no ano passado. Dada a informação conhecida até à data, considera que a projeção do Governo para o PIB de 4% para este ano é realista?
As projeções trazem consigo uma enorme incerteza associada. Primeiro, porque os modelos de previsão baseiam-se muito na premissa de que o passado pode ser usado para prever o futuro. Isto tem limitações óbvias quando estamos a falar de dinâmicas económicas num cenário pandémico sem qualquer histórico. Acredito que haja um crescimento considerável por dois fatores: primeiro, 2021 parte de uma base baixa, dado a contração histórica observada em 2020; em segundo lugar as pessoas e as empresas já se adaptaram bastante a operar em pandemia. Comparando os dois períodos de confinamento em 2020 e 2021, o indicador diário de atividade económica do BdP sugere uma quebra em 2021 cerca de 40% inferior ao observado em 2020. Por isso sim, espera-se uma recuperação forte este ano, bastante acima do que a economia portuguesa cresceu em 2019.
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