O porto de pesca da Póvoa de Varzim vai receber, ainda este ano, uma dragagem de emergência, para amenizar o problema do assoreamento, anunciou este sábado o secretário de Estado das Pescas.
Segundo o governante, o concurso público para empreitada foi lançado já esta semana, implicando um investimento de 400 mil euros, para retirar cerca de 40 mil metros cúbicos de inertes, sobretudo junto à barra do porto poveiro.
“Era preciso uma intervenção de urgência para evitar situações graves. Esta é a dragagem que podemos fazer no momento, mas temos previsto uma outra, complementar e mais de funda, para o próximo ano, estando a ser programada para que se inicie antes do verão”, disse José Apolinário.
O secretário de Estado, que marcou hoje presença na Póvoa de Varzim, num simulacro de salvamento marítimo, promovido pela Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM), coordenada pela Autoridade Marítima Nacional e Marinha, reconheceu que as pretensões dos pescadores locais eram maiores, mas lembrou o investimento que o governo tem em curso em operações semelhantes.
“Temos vindo a desenvolver projetos e investimentos nesta área e estão em curso intervenções de sete milhões de euros em dragagens em diferentes portos e acessos aos mesmos. Esta dragagem, na Póvoa de Varzim, é a possível neste momento”, completou José Apolinário.
Já José Festas, presidente da APMSHM não escondeu a pretensão de ter uma maior intervenção no porto de pesca poveiro, confessando que irá “rezar e esperar ter sorte com as condições de mar neste inverno”.
“Não queremos que se gaste 400 mil euros para não valer nada se tivermos um inverno rigoroso. Estou certo de que a ministra do Mar sabe que, neste período, as dragagens ficam sempre aquém”, lembrou José Festas.
Ainda assim, o dirigente ficou agradado com o anúncio que no próximo ano haverá uma intervenção de grande mota, avaliada em 1.3 milhões de euros, na estrutura portuária poveira, dizendo “confiar nas pessoas do ministério”.
José Festas considerou que a melhor solução para resolver o recorrente problema do assoreamento no porto pesca da Póvoa de Varzim, e de outros da zona norte, era ter uma draga em permanência na infraestrutura.
“Temos de avançar para uma candidatura europeia para comprar uma draga. Será o próximo projeto da associação, e espero que o governo nos apoie. Há 20 anos existia um equipamento destes em permanência e não havia estes problemas”, lembrou o presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar.
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