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Estado de emergência: “No limite dura até ao fim da pandemia”, afirma António Costa

O primeiro-ministro abordou também em entrevista à rádio “Antena1” as críticas feitas à ministra da Saúde, Marta Temido.
6 Novembro 2020, 09h49

“No limite, dura até ao fim da pandemia, mas isso não quer dizer que as medidas estejam sempre aplicadas”. É desta forma que António Costa encara o segundo estado de emergência em Portugal. Em entrevista à rádio “Antena1” esta sexta-feira, 6 de novembro, o primeiro-ministro abordou também as críticas feitas à ministra da Saúde, Marta Temido.

“Temos de evitar um confinamento local, mas o que temos tentado é modelar a resposta à pandemia”, referiu António Costa, acrescentando que a segurança jurídica, é a principal vantagem de um estado de emergência, dado que “não obriga à aplicação de todas as medidas”.

Sobre as críticas feitas a Marta Temido, o primeiro-ministro salientou que “nenhum ministro da saúde foi confrontado com uma situação tão grave como a atual ministra da Saúde que tem dado uma resposta e que tem reforçado aliás a confiança das pessoas no Serviço Nacional de Saúde”.

Na entrevista dada esta semana à “RTP”, Marcelo Rebelo de Sousa deixou críticas à forma de comunicar das autoridades de saúde. António Costa frisou que não sentiu como uma crítica, as declarações do Presidente da República, dado que “hoje a mensagem é mais complicada de transmitir. Algo que é absolutamente fundamental nesta pandemia é que as pessoas mantenham a confiança e para terem essa confiança precisam que lhes respondam às suas dúvidas”.

Em relação ao Natal, António Costa assumiu que esta não será uma quadra natalícia “normal”, salientando que os portugueses já estão mentalizados para esse cenário. “O nosso Natal depende muito do que façamos hoje. Não podemos viver esta pandemia como se nada acontecesse, mas temos de a viver de uma forma tão normal quanto possível”, realçou.

Investigação a Siza Vieira e João Galamba. “Em Portugal ninguém está acima da lei”

O ministro da Economia e da Transição Digital o secretário de Estado da Energia estão a ser investigados pelo negócio do hidrogénio verde. Questionado sobre se as explicações de Pedro Siza Vieira e João Galamba foram suficientes, António Costa afirmou que está “descansado porque confia nas instituições e no estado de direito. Uma das grandes garantias que os portugueses podem ter é que em Portugal ninguém está acima da lei e a justiça é completamente independente”, relembrando que o comunicado da Procuradoria-Geral da República indica que há uma investigação em aberto, “mas que não há sequer suspeitos” e que Pedro Siza Vieira apresentou queixa por denúncia caluniosa.

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