O risco de fraudes e erros na gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) já tinha sido identificado pelo órgão de fiscalização do banco desde 2007, mas os alertas não tiveram a devida atenção e acompanhamento do supervisor e dos sucessivos governos até 2014, de acordo com os relatórios e contas do banco do Estado. O Revisor Oficial de Contas (ROC) da Caixa alertou, em 2007, para o risco de “fraudes ou erros” poderem ocorrer sem serem detetados devido às limitações do sistema de controlo interno (SCI) do banco público nas áreas de gestão de risco, compliance e auditoria interna.
Este alerta surgiu na administração da CGD liderada por Carlos Santos Ferreira, o qual recusou fazer qualquer comentário ao Jornal Económico. O aviso do ROC acabou também por não merecer a devida atenção do governo da altura, chefiado por José Sócrates, e pelo Banco de Portugal (BdP), então liderado por Vítor Constâncio. Neste caso, apesar de instruções do supervisor, em 2008, para reforço do SCI dos bancos, no final de 2015 permaneciam ainda falhas nos procedimentos internos que se traduziram num aumento grave da exposição da CGD ao risco, tal como a EY assinalou na versão preliminar da auditoria à gestão da Caixa.
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