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Estados Unidos adiam algumas tarifas à China. Wall Street agradece

O índice tecnológico Nasdaq reage de forma positiva ao anúncio do adiamento das taxas aduaneiras, com um avanço superior a 2%. A marcar os mercados financeiros norte-americanos está ainda a inflação, que subiu em julho.
  • Reuters
13 Agosto 2019, 15h08

«Plot twist». A generalidade dos analistas esperava que a bolsa de Nova Iorque voltasse esta terça-feira a cair perante o aumento das tensões comerciais e que o industrial Dow Jones, o financeiro S&P 500 e o tecnológico Nasdaq quebrassem pela terceira sessão consecutiva, mas os mercados norte-americanos ‘acalmaram’ ao início desta tarde.

Wall Street está a negociar em terreno positivo, com os principais índices bolsistas dos Estados Unidos no ‘verde’ e a ganhar mais de 1%. O Dow Jones soma 1,33%, para 26.240,91 pontos, e, na mesma linha, o S&P 500 soma 0,62%, para 2.929,50 pontos. Também o Nasdaq valoriza 2,13%, para 8.030,87 pontos, enquanto o Russell 200 avança 1,45%, para 1.517,00 pontos.

O Gabinete do Representante de Comércio dos Estados Unidos da América anunciou que determinados bens estavam a ser removidos da nova lista de tarifas a aplicar à China devido a questões de “saúde, segurança, segurança nacional e outros fatores” e várias taxas aduaneiras seriam mesmo adiadas até dia 15 de dezembro, incluindo a produtos como telemóveis, portáteis, consolas, brinquedos, monitores de computador, de calçados e roupas.

Como se trata essencialmente de produtos eletrónicos, as tecnológicas foram as que reagiram de forma mais positiva ao anúncio do adiamento das taxas aduaneiras. Os títulos da Apple, por exemplo, crescem 4,81%, para 209,84 dólares.

A marcar os mercados financeiros norte-americanos está ainda a inflação, que subiu no mês passado. O índice de preços no consumidor (IPC) subiu mais rapidamente do que o esperado em julho (0,3%), sobretudo por causa da gasolina, que reverteu a queda dos últimos dois meses, e da subida das rendas.

“Os dados macroeconómicos na Europa continuam débeis, uma vez que o setor industrial acusa a deterioração do comércio global e nos EUA não há pressões inflacionistas, pelo que os estímulos monetários não tardarão a chegar (possivelmente em setembro?). Neste contexto, as obrigações continuarão suportadas e as bolsas terão tendência a estabilizar. O mais importante é que o Yuan chinês não se afaste demasiado do nível psicológico de referência”, referem os analistas do Bankinter, em research de mercado publicado hoje.

No mercado petrolífero, o Brent soma 2,66%, para os 60,13 dólares por barril, enquanto o crude WTI valoriza 2,37%, para os 56,23 dólares. Quanto ao mercado cambial, o euro recua 0,29% face ao dólar (1,1180 dólares), enquanto a libra avança 0,03% perante a divisa dos Estados Unidos, para 1,2081 dólares.

Notícia atualizada às 15h25

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