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“Estamos prontos”, realça Carlos Tavares. Acionistas aprovam fusão PSA-Fiat

O negócio de 42 mil milhões de euros ficará fechado a 16 de janeiro.
4 Janeiro 2021, 15h54

Os acionistas dos grupos PSA e Fiat Chrysler (FCA) deram esta segunda-feira ‘luz verde’ à megafusão de 52 mil milhões de dólares (cerca de 42 mil milhões de euros), que vai criar a quarta maior fabricante automóvel do mundo, com 14 marcas de carros.

O negócio para formar esta nova empresa – designada Stellantis – foi aprovado pelos investidores da PSA e da FCA em duas assembleias de acionistas extraordinárias, que se realizaram online devido à pandemia e registaram percentagens de aprovação acima de 99% da totalidade dos votos expressos.

Os primeiros acionistas a dar o aval foram os do grupo que detém marcas como Peugeot ou Citroën. O negócio foi inicialmente votado pelos principais investidores com direito a voto duplo – incluindo a família Peugeot, a China Dongfeng e o Estado francês, através da Bpifrance – e os outros acionistas aprovaram-no numa segunda votação online, com uma percentagem de apoio de 99,85%. “Estamos prontos para esta fusão”, disse Carlos Tavares, presidente-executivo da PSA, em conferência de imprensa.

A operação passou em todos os testes regulatórios. “Após a aprovação de hoje pelos acionistas e a receção das autorizações regulatórias finais no longo do último mês, incluindo, nomeadamente, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, a FCA e o Groupe PSA esperam concluir a fusão a 16 de janeiro de 2021”, adiantaram as empresas, em comunicado.

A mesma nota informa que as ações da Stellantis começarão a negociar na Euronext Paris e no Mercato Telematico Azionario de Milão a 18 de janeiro e na bolsa de Nova Iorque no dia seguinte.

O chairman da FCA, John Elkann, será o presidente do conselho de administração da futura Stellantis.

Segundo a Reuters, o CEO da Fiat, Mike Manley, disse que 40% das sinergias que se esperam desta fusão – avaliadas em mais de 5 mil milhões de euros –  virão da convergência de plataformas/motores e da otimização de investimentos em investigação e desenvolvimento, 35% da poupança nas compras e 7% da poupança nas operações de vendas e despesas gerais.

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