O número de inquiridos a afirmar que as suas empresas têm planos para desinvestir nos próximos dois anos mais do que duplicou em relação ao ano anterior (43% vs. 87%), ilustrando a escalada deste tipo de estratégias de crescimento na lista de prioridades das empresas. Cerca de 75% dos inquiridos (74% vs. 55% em 2017) referiu ainda que estes planos estavam diretamente influenciados pela evolução do ambiente tecnológico em que se inserem. Metade dos executivos indicam ainda que a necessidade de financiar investimentos tecnológicos tornam as empresas mais suscetíveis ao desinvestimento, de modo a canalizar os fundos para melhorias na eficiência das suas operações e responder às mudanças das necessidades dos seus clientes.
Atualmente, 71% destas alienações são despoletadas por propostas oportunistas e não estratégicas, um crescimento substancial em relação aos 20% registados no inquérito realizado no ano passado. Adicionalmente, este estudo concluiu ainda que as empresas que efetuam revisões anuais à sua carteira de investimentos duplicam a sua probabilidade de exceder as expetativas de desinvestir no “momento certo”. As empresas que consigam apresentar melhorias sustentadas antes da venda, bem como as que consigam tirar partido das tecnologias de ponta na preparação da venda estarão no caminho certo para aumentarem o seu poder de negociação no momento da transação e têm mais 27% de probabilidade de exceder as suas expetativas em relação ao preço de venda.
De acordo com 62% das empresas, são os fatores macroeconómicos e geopolíticos que mais desencadeiam as decisões de desinvestimento. As reformas tributárias oferecem novas oportunidades para renovar a estratégia das empresas, sendo que 80% dos inquiridos destacaram as alterações nas políticas fiscais como uma das alterações geopolíticas mais significativas que podem impactar os seus planos para desinvestir.
Neste momento é essencial a preparação das operações de desinvestimento, uma vez que alienações não planeadas podem ficar em grande desvantagem quando avaliam ofertas oportunistas. As empresas que consigam apresentar melhorias sustentadas antes da venda, bem como as que consigam tirar partido das tecnologias de ponta na preparação da venda estarão no caminho certo para aumentarem o seu poder de negociação no momento da transação. No momento decisivo, esta mentalidade proactiva pode fazer toda a diferença para atingir o preço desejado.