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Estudantes de Medicina reagem a Costa e rejeitam mais alunos no curso

A ANEM relembra que apesar de Portugal ser o 3.º país da OCDE com maior número de médicos por 100 mil habitantes, muitos desses médicos não exercem no SNS.
23 Julho 2019, 11h13

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) rejeita as declarações de António Costa que faltam médicos ou que é necessário de aumentar o número de formados em Medicina.

Num comunicado enviado às redações, esta terça-feira, a ANEM argumenta que existe um número excessivo de estudantes de Medicina para a capacidade que o ensino médico têm para leccionar. “Nas condições atuais, aumentar o número de estudantes prejudica o ensino e compromete a formação com a qualidade que o país necessita”, lê-se na nota. Como possível solução, a ANEM também rejeita a criação de novas faculdades pois tem potencial para prejudicar a qualidade de formação.

A ANEM contextualiza o problema da formação e de fixação de médicos na Lei de Bases da Saúde recentemente aprovada no Parlamento que, na sua Base 32, refere que os ministérios da saúde, educação e ensino superior deverão colaborar com instituições públicas de ensino superior na definição de políticas de formação pré-graduada com o objetivo de adequar o número de estudantes às necessidades do país.

“Neste sentido, a ANEM recorda que, ano após ano, o concurso para a especialidade deixa centenas de médicos sem acesso à especialidade, pelo que aumentar o numerus clausus nunca resolverá, per se, este desafio”, relembra a associação de médicos.

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