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Etiquetas energéticas para smartphones e tablets entram em vigor a 20 de junho

Estas alterações derivam do Regulamento (EU) 2023/1670 (ecodesign) e Regulamento (EU) 2023/1669 (Etiquetagem energética) e aplicam-se a smartphones e telemóveis básicos que utilizem redes móveis ou por satélite e possuam ecrã tátil integrado entre 4 e 7 polegadas, bem como a tablets com ecrã entre 7 e 17,4 polegadas.
18 Junho 2025, 19h35

A partir de 20 de junho, os smartphones e tablets vendidos na União Europeia (UE) estão sujeitos a requisitos de ecodesign e etiquetagem energética, lembra a Adene – Agência para a Energia em comunicado.

“Esta nova exigência surge no âmbito do projeto europeu Compliance Services, do qual a Adene é parceira, que tem como objetivo apoiar a implementação da legislação europeia aplicável aos produtos consumidores de energia, nomeadamente requisitos de ecodesign e de etiquetagem energética, e visa com esta nova etiqueta beneficiar tanto os consumidores finais como as empresas, promovendo produtos mais eficientes, duráveis e reparáveis”, explica a agência.

Os novos modelos de smartphones e tablets terão obrigatoriamente de apresentar uma etiqueta energética com a classe de eficiência energética e o grau de resistência a quedas repetidas e de reparabilidade dos dispositivos.

A etiqueta informará ainda a duração da bateria por ciclo (em horas e minutos por carga completa) e o índice de proteção contra poeiras e água.

Os requisitos de ecodesign estabelecem critérios mínimos de desempenho, nomeadamente resistência a quedas e riscos, proteção contra poeiras e água, baterias que suportem pelo menos 800 ciclos de carga mantendo 80% da capacidade e ainda obrigações para os fabricantes, tais como a garantia da disponibilidade de peças críticas sobresselentes durante 7 anos após o fim da comercialização do modelo.

Os fornecedores devem também assegurar a disponibilidade de atualizações do sistema operativo durante pelo menos 5 anos após a última colocação no mercado do respetivo modelo e garantir acesso não discriminatório a software e firmware para reparadores profissionais, alerta a Adene.

Estes novos requisitos de ecodesign vão beneficiar os consumidores e impactar diretamente a conceção e o desempenho dos dispositivos, nomeadamente ao nível da redução do tempo de carregamento da bateria, de 2,5 para 1,75 horas por dia, com aumento do tempo de carga lenta; da redução do consumo anual de eletricidade, até 2030, na ordem dos 25% para smartphones topo de gama e de 23% para tablets; e da poupança estimada de 2,2 TWh de eletricidade em 2030, o que representa uma redução de 31% face a um cenário sem estas medidas.

Em 2030, as poupanças combinadas de aquisição e energia na UE27 deverão atingir cerca de 20 mil milhões de euros, cerca de 98 euros por agregado familiar, sublinha a Adene.

Estas alterações derivam do Regulamento (EU) 2023/1670 (ecodesign) e Regulamento (EU) 2023/1669 (Etiquetagem energética) e aplicam-se a smartphones e telemóveis básicos que utilizem redes móveis ou por satélite e possuam ecrã tátil integrado entre 4 e 7 polegadas, bem como a tablets com ecrã entre 7 e 17,4 polegadas.

Ficam excluídos portáteis híbridos, dispositivos com ecrã flexível e smartphones destinados a comunicações de alta segurança.

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