O principal funcionário da contra-espionagem dos EUA alertou que a Rússia, a China e o Irão poderão interferir nas eleições presidenciais de 2020, salientando que a Rússia já manifestou tentativas para derrubar o candidato democrata Joe Biden.
De acordo com a noticia avançada pela “Reuters”, William Evanina, diretor do National Counterintelligence and Security Center, informou que os três países estavam a aproveitar-se da desinformação online e outros meios para tentar influenciar eleitores, agitar a desordem e minar a confiança dos eleitores americanos no processo democrático.
A teoria já tinha sido considerada por Donald Trump, que, há umas semanas, durante uma conferência de imprensa, afirmou que as forças inteligentes dos EUA “vão estar atentas” e acrescentou que desta vez, a Rússia, a China e o Irão querem que ele perca as eleições.
Evanina considera ainda que os adversários estrangeiros também poderão tentar interferir nos sistemas eleitorais dos EUA, tentando sabotar o processo de votação, roubar dados eleitorais ou questionar a validade dos resultados. Porém, o diretor relembra que a tarefa seria “difícil” de concretizar.
Evanina disse que a China tem expandido os seus esforços de influência, antes das eleições de novembro, para tentar influenciar a política nos EUA, pressionando figuras políticas que considera adversas ao regime de Pequim.
“Embora a China continue a ponderar os riscos e benefícios de uma ação agressiva, a sua retórica pública nos últimos meses tem-se tornado cada vez mais crítica em relação à resposta à pandemia de covid-19 dada pelo atual Governo dos EUA, com o encerramento do consulado da China em Houston”, explicou Evanina.
Os peritos de inteligência dos EUA avaliam que, pelo seu lado, Moscovo está a trabalhar para “denegrir” a imagem do candidato Biden, bem como das organizações que considera serem “anti-Rússia”.
Sobre o Irão, os serviços de inteligência consideram que Teerão procura minar as instituições democráticas dos EUA, incluindo a Presidência de Trump, e dividir os Estados Unidos, antes das eleições.
“Os esforços do Irão nesse sentido provavelmente vão concentrar-se na influência ‘online’, como a divulgação de desinformação nas redes sociais e a divulgação de conteúdos anti-EUA”, escreveu Evanina no comunicado.
“A motivação de Teerão para conduzir essas atividades é, em parte, impulsionada por uma perceção de que a reeleição do Presidente Trump resultará numa continuação da pressão dos EUA sobre o Irão, num esforço para fomentar a mudança de regime”.
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