[weglot_switcher]

Eurodeputada portuguesa lidera movimento de apoio à Bielorrússia

A social-democrata Lídia Pereira quer conhecer os verdadeiros resultados das eleições de há uma semana e exige a repetição do ato eleitoral com a presença de observadores internacionais.
  • Lídia Pereira, deputada do PSD no Parlamento Europeu
17 Agosto 2020, 10h21

A eurodeputada social-democrata Lídia Pereira quer ver publicado pela Comissão Eleitoral local o verdadeiro resultado das eleções de há uma semana na Bielorrússia e exige a repetição do ato com a presença de observadores internacionais, para que se garanta a realização de eleições justas e livres. As eleições de 9 de agosto foram seguidas pela OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), mas aquele organismo internacional afirmou posteriormente que não tinha conseguido cooperação suficiente para fazer o seu trabalho.

“A força mobilizadora do povo bielorrusso tem sido fundamental para terminar com o regime autocrático de Lukashenko e desencadeou o movimento internacional de apoio #WithBelarus liderado pela Eurodeputada e Presidente da Juventude do Partido Popular Europeu (YEPP), Lídia Pereira”, refere um comunicado do Parlamento Europeu.

“O povo votou pela democracia, liberdade e Estado de direito, mas a esperança na realização de eleições pacíficas foi minada por vários atos do governo contra o povo bielorrusso, como a prisão de manifestantes e o uso excessivo da força pelos militares”, explica a eurodeputada social-democrata.

A declaração #WithBelarus foi assinada por 50 jovens parlamentares de toda a Europa – seis são deputados do PSD, entre os quais o atual presidente da Juventude Social Democrata (JSD) e dois antigos líderes da estrutura. A origem dos signatários é diversa:desde franceses a gregos, com destaque para dois parlamentares alemães da CDU, o partido da chanceler Angela Merkel.

As eleições realizadas a 9 de agosto na Bielorrúsia têm marcado a agenda europeia ao longo dos últimos dias. Na passada sexta-feira, os chefes da diplomacia dos 27 reuniram extraordinariamente e acordaram impor novas sanções ao regime de Minsk. Já depois disso, o fim-de-semana ficou marcado pela realização de grandes manifestações de repúdio pelos resultados e por pequenas manifestações de apoio ao presidente eleito, Alexander Lukashenko – cujos organizadores são acusados de imporem a presença de funcionários públicos, sob ameaça de despedimento.

A rede de jovens parlamentares condena os atos de violência e exige que todos os manifestantes sejam soltos, bem como o povo exerça livre e pacificamente o seu direito de assembleia e protesto. Lídia Pereira salienta que “A Democracia é essencial em qualquer sociedade funcional e, portanto, o YEPP apela que esse desiderato seja respeitado e implementado na Bielorrússia”.

O YEPP tem vindo a acompanhar permanentemente a situação política na Bielorrússia, tendo atribuído, no passado, o Prémio Direitos Humanos ao bielorrusso Aliaksaandr Kuushynay – Sasha – um jovem ativista pela democracia no país.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.