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Europa começou a sentir perturbações energéticas mais cedo que os Estados Unidos, revela estudo da Marsh

Relativamente à duração da interrupção no negócio, 22% das empresas inquiridas acredita que seja de quatro a seis meses, 19% afirma que durará entre sete a nove meses, 13% acredita que será de 10 a 12 meses e apenas 3% referiu que durará três meses ou menos.
26 Junho 2020, 09h30

Com os cidadãos confinados em casa, o preço do petróleo verificou uma quebra e a utilização da eletricidade aumentou consideravelmente, uma vez que muitas empresas optaram pelo recurso ao teletrabalho. Ainda assim, de acordo com um estudo da Marsh JLT Specialty, 31% das 4.500 empresas do setor energético e elétricos afirmaram não ter registado qualquer interrupção da atividade durante o surto da Covid-19.

No entanto, 33% das empresas admitiu sofrer uma interrupção em abril do presente ano, enquanto 28% confirmou ter verificado paralisações desde janeiro de 2020. O relatório da Marsh acrescenta ainda que a partir de abril, as empresas elétricas e renováveis norte-americanas começaram a sentir efeitos de rutura, enquanto na Europa Ocidental as perturbações começaram a sentir-se já em janeiro.

O estudo indica que as pequenas e médias empresas do setor foram as que sofreram um maior impacto com a Covid-19, enquanto as grandes empresas não registaram grandes interrupções. Relativamente à duração da interrupção, a maioria das empresas (22%) estima que esta demore entre quatro a seis meses, enquanto 19% afirma que esta pode durar entre sete a nove meses, 13% acredita que se pode estender até ao próximo ano, com uma duração máxima de 12 meses. Por sua vez, apenas 3% dos inquiridos referiu que a interrupção pode durar três meses ou menos.

Face às quebras financeiras, 13% das empresas inquiridas admitiu que desde o início a pandemia já excedeu um impacto de 100 milhões de dólares, enquanto 10% referiu que espera que o impacto no total do ano seja de 500 milhões de dólares,

Perto de metade das empresas inquiridas admite ter sido impactada pela falta de procura do cliente, uma vez que o mundo ficou em stand-by devido à pandemia e aos confinamentos obrigatórios. Ainda assim, muitas empresas admitem que a capacidade dos seus principais fornecedores para a entrega e as limitações logísticas têm maior probabilidade de os vir a impactar no futuro.

Redução de custos

Devido à falta da procura e à quebra acentuada de receitas, as empresas de energia equacionam uma redução temporária dos custo, para mitigar a curto prazo as restrições de cash-flow. 

As reduções e adiamentos de investimentos são consideradas medidas de gestão de custos planeadas e são apontadas como possíveis por mais de metade das 4.500 empresas inquiridas no estudo. Por sua vez, o adiamento de serviços de manutenção não essenciais é a segunda opção apontada como estratégia de redução de custos.

Com os cronogramas de regresso à normalidade já definidos, algumas empresas optam por reduzir o número de colaboradores efetivos e pela força de trabalho temporário

Face a uma rápida recuperação do negócio, 85% das empresas admite não estar à procura de oportunidades para otimizar, de forma imediata, os seus negócios, optando primeiramente por garantir a continuidade das operações seguras. Apenas algumas empresas das que foram inquiridas pela Marsh admitem anunciar novos produtos, reconverter equipamentos e arrendar novas instalações.

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