A Comissão Europeia também anunciou um cheque de 1,8 mil milhões para apoiar a produção de minerais na Europa para baterias de carros elétricos.
A Comissão Europeia anunciou hoje que vai passar um cheque de 1,8 mil milhões de euros para apoiar a produção de minerais para baterias de carros elétricos.
O Plano de Ação hoje anunciado visa apoiar a indústria automóvel europeu de forma a evitar “dependências estratégicas” de fornecedores estrangeiros, neste caso a China.
“Existe muito potencial por descobrir no mercado global na inovação e soluções limpas. Quero ver o sector automóvel europeu a liderar. Vamos promover a produção doméstica para evitar dependências estratégicas, especialmente na produção de baterias”, disse hoje a presidente do executivo comunitário.
“Vamos manter as nossas metas de emissões, mas com uma abordagem flexível e pragmática. O nosso objetivo mútuo é uma indústria sustentável, competitiva e inovadora na Europa que beneficie os nossos cidadãos, economia e ambiente”, acrescentou em comunicado.
O Plano de Ação também visa a promoção do carro autónomo visando a criação de uma aliança europeia para este sector para juntar os atores principais para desenvolver em comum software e hardware para criar esta tecnologia.
Entre 2025-27, a Comissão Europeia espera investimentos públicos e privados na ordem de mil milhões de euros para desenvolver esta tecnologia.
O Plano de Ação também prevê o alargamento do prazo para os produtores automóveis cumprirem as metas de emissões. O prazo de um ano passou para três anos, tal como já tinha sido revelado na segunda-feira.
Cumprir as metas significa vender mais carros elétricos por parte dos produtores europeus num momento em que enfrenta forte concorrência dos produtores chineses, mas também da Tesla.
“As metas mantêm-se. Têm de cumprir as metas, mas a indústria fica com mais espaço para respirar”, segundo Ursula von der Leyen citada pela “Reuters”.
No entanto, a proposta ainda vai ter de ser aprovada pelos governos europeus e também o Parlamento Europeu.
A ideia é que as metas tenham em contas as emissões para o período de três anos entre 2025-2027.
A decisão é uma boa nova para o setor automóvel europeu que enfrenta uma grave crise que corre o risco de piorar perante as tarifas dos EUA.
O setor tem vindo a apelar a Bruxelas para travar esta legislação estimando que poderia vir a ser alvo de multas na ordem dos 15 mil milhões de euros.