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Evolução positiva da Oi leva Pharol de volta aos lucros

Lucros ultrapassaram os 61 milhões de euros no primeiro semestre do ano, face ao prejuízo de 8,3 milhões, em igual período do ano passado. “A recuperação judicial da Oi poderá estar perto da sua concretização”, refere o CEO da Pharol, Luís Palha da Silva.
28 Agosto 2017, 20h29

A Pharol fechou o semestre com um resultado positivo de 61,8 milhões de euros, um valor que compara com o prejuízo de 8,3 milhões de euros registado no período homólogo. Segundo informações enviadas esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a evolução das contas da empresa liderada por Luís Palha da Silva deve-se “essencialmente à valorização do investimento na Oi alavancado pelo incremento da capitalização bolsista”.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ficou em -2,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, face aos -3,3 milhões de euros, em igual período do ano passado. A Pharol refere ainda que manteve a tendência de redução de custos operacionais, apresentando, no primeiro semestre de 2017, custos operacionais 20% inferiores a igual período de 2016.

A Pharol detém 27,5% da telecom brasileira Oi, que se encontra num processo moroso de recuperação societária. O processo de recuperação judicial é o maior na história do Brasil, envolvendo 55.080 credores e uma dívida de 63,95 mil milhões de reais (cerca de 18 mil milhões de euros).

No entanto, o presidente da Pharol parece confiante que o processo poderá estar a chegar ao fim. “A recuperação judicial da Oi poderá estar perto da sua concretização”, referiu Luís Palha da Silva em comunicado.

“Encontros entre os diversos stakeholders têm vindo a confirmar que a flexibilidade de todos é, neste momento, obrigatória”, disse. A data de realização da Assembleia Geral de Credores da Oi vai acontecer a 9 de outubro de 2017.

A dívida da Rio Forte continua também a ser uma sombra para a Pharol. O valor do investimento da então PT SGPS em títulos de dívida emitidos pela Rio Forte, antiga empresa do Grupo Espírito Santo, totalizava 897 milhões de euros, dos quais a empresa já só espera receber 9,56%.

“Apesar do insucesso de alguns passos dados nas instâncias judiciais no Luxemburgo visando a maior celeridade e transparência do processo de falência da Rio Forte, a Pharol considera que houve esclarecimentos que se podem revelar muito positivos no relacionamento com os Administradores Judiciais”, acrescentou Palha da Silva.

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