A Pharol fechou o semestre com um resultado positivo de 61,8 milhões de euros, um valor que compara com o prejuízo de 8,3 milhões de euros registado no período homólogo. Segundo informações enviadas esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a evolução das contas da empresa liderada por Luís Palha da Silva deve-se “essencialmente à valorização do investimento na Oi alavancado pelo incremento da capitalização bolsista”.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ficou em -2,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, face aos -3,3 milhões de euros, em igual período do ano passado. A Pharol refere ainda que manteve a tendência de redução de custos operacionais, apresentando, no primeiro semestre de 2017, custos operacionais 20% inferiores a igual período de 2016.
A Pharol detém 27,5% da telecom brasileira Oi, que se encontra num processo moroso de recuperação societária. O processo de recuperação judicial é o maior na história do Brasil, envolvendo 55.080 credores e uma dívida de 63,95 mil milhões de reais (cerca de 18 mil milhões de euros).
No entanto, o presidente da Pharol parece confiante que o processo poderá estar a chegar ao fim. “A recuperação judicial da Oi poderá estar perto da sua concretização”, referiu Luís Palha da Silva em comunicado.
“Encontros entre os diversos stakeholders têm vindo a confirmar que a flexibilidade de todos é, neste momento, obrigatória”, disse. A data de realização da Assembleia Geral de Credores da Oi vai acontecer a 9 de outubro de 2017.
A dívida da Rio Forte continua também a ser uma sombra para a Pharol. O valor do investimento da então PT SGPS em títulos de dívida emitidos pela Rio Forte, antiga empresa do Grupo Espírito Santo, totalizava 897 milhões de euros, dos quais a empresa já só espera receber 9,56%.
“Apesar do insucesso de alguns passos dados nas instâncias judiciais no Luxemburgo visando a maior celeridade e transparência do processo de falência da Rio Forte, a Pharol considera que houve esclarecimentos que se podem revelar muito positivos no relacionamento com os Administradores Judiciais”, acrescentou Palha da Silva.
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