Joana Carvalho, ex-administradora do Banco Empresas Montepio, criou uma consultora de financiamento sustentável, a SFgo, que presta “de forma independente assessoria financeira às empresas e aos bancos na transição para o paradigma do financiamento sustentável”.
O nome da consultora invoca as finanças sustentáveis (Sustainable Finance) e garante a assessoria financeira às empresas e aos bancos ao longo de todo o ciclo de vida dos projetos e financiamentos.
Em comunicado a SFgo diz que “quer apoiar a banca e as empresas na estruturação de financiamentos, capacitando-os no diagnóstico e implementação de uma matriz de sustentabilidade e colocando financiador e financiado a falar a mesma língua, nomeadamente em matéria de análise de projetos e gestão do risco de crédito”.
Aos bancos a consultora independente presta assessoria “na construção de modelos e dossiers de suporta ao processo de análise e concessão de crédito e reestruturações financeiras no quadro de uma matriz ESG [Governança ambiental, social e corporativa]” e “no controlo, acompanhamento e monitorização da qualidade dos créditos concedidos ao longo do ciclo de vida dos projetos financiados”.
Na banca a consultora dá apoio aos processos de decisão de crédito e faz o acompanhamento e monitorização dos créditos, o que inclui a “análise individual de staging e imparidade”. Presta ainda assessoria às reestruturações de crédito perante razões comerciais e/ou dificuldades financeiras registadas pelo devedor.
Por sua vez, do lado das empresas, a SFgo “apoia na definição de modelos de negócio viáveis e sustentáveis e modelos de financiamento adequados tanto em projetos de investimento em fase de inicial de implementação (greenfield), como em projetos de investimento em fase de continuidade ou expansão (brownfield), analisando a sua conformidade com critérios ESG”.
Elaboração do Plano de Negócios; elaboração do Modelo Financeiro; desenvolvimento do Estudo de Viabilidade são os serviços para as empresas. Mas também estrutura financiamento; faz a apresentação a financiadores; presta assessoria à negociação e dá apoio no closing dos contratos, no âmbito financeiro.
A managing partner da SFgo salienta, na nota enviada às redações, a sua carreira “sempre ligada à banca de investimento e à estruturação e análise de projetos, acabei por intervir dos dois lados – empresas e entidades financiadoras”.
“Aquilo que cedo percebi é que, do lado da banca, os modelos de análise de risco estão de alguma forma desadequados do potencial de geração de valor dos projetos, o que é altamente prejudicial para o desenvolvimento de novos projetos, mas também para a qualidade das carteiras de crédito dos bancos”, refere Joana Carvalho.
“Se somarmos a isto o novo paradigma da sustentabilidade – que veio para ficar – é preciso, de uma vez por todas, dar o passo para novas abordagens aos projetos de investimento. É essa a missão da SFgo: criar uma linguagem comum e um standard partilhado e adequado aos projetos que valem a pena”, conclui.
“Acreditamos que empresas e setor financiador estão alinhados nas exigências do paradigma da sustentabilidade”, defende a consultora.
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