[weglot_switcher]

Ex-CEO da Farfetch assume direção da Fundação José Neves

Carlos Oliveira, que estava no cargo nos últimos anos, agradece ao empresário a confiança e diz: “Entendo que é tempo de partir para outros desafios e abrir a porta a novos projetos”. Decisão surge após queda da Farfetch, que sofreu nova vaga de despedimentos este mês.
26 Fevereiro 2024, 11h02

O empreendedor português José Neves, fundador e ex-CEO da Farfetch, assumiu esta segunda-feira o cargo de diretor executiva da Fundação José Neves (FJN), sucedendo a Carlos Oliveira, que tinha funções nesta instituição há seis anos.

As mudanças na direção executiva da FJN surgem menos de duas semanas após José Neves se ter demitido do cargo de CEO da Farfetch, a empresa de tecnologia para o sector da moda que fundou em 2008 e que sofreu uma nova vaga de despedimentos, inclusive em Portugal. A Farfetch, onde se mantém com funções de consultor, voltou a dar prejuízo em 2023 e acabou por ser resgatada pela sul-coreana Coupang.

“Os destinos e a gestão da Fundação José Neves passam a ser diretamente assumidos por mim, e que esta vai continuar a contribuir para transformar Portugal numa sociedade do conhecimento e a desenvolver o potencial humano dos portugueses”, afirmou José Neves.

O gestor que dá nome à fundação agradeceu o trabalho de Carlos Oliveira, personalidade que caracteriza como “fundamental” desde o primeiro momento em que decidiu criar a FJN, dedicada a programas de formação e educação: “A Fundação José Neves é hoje uma realidade credível e que promove com eficiência a elevação do capital humano em Portugal”.

Carlos Oliveira também deixou algumas palavras de despedida e agradecimento, numa mensagem onde recordou quando aceitou o convite de José Neves para entrar na função, depois dos cinco anos em Braga (onde esteve envolvido na InvestBraga, na Startup Braga e na requalificação do Altice Forum Braga) e do trabalho na criação do Conselho Europeu de Inovação.

“Hoje, é com orgulho que vejo que a Fundação José Neves ganhou o seu lugar na sociedade e na vida dos portugueses, com uma visão diferenciada e pragmática. Uma fundação com valor acrescentado e impacto para o país”, escreveu Carlos Oliveira, destacando projetos como as bolsas ISA FJN, o relatório “Estado da Nação sobre a Educação, o Emprego e as Competências”, a plataforma Brighter Future, a aplicação de desenvolvimento pessoal 29K FJN e o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens.

“Concluído este ciclo, entendo que é tempo de partir para outros desafios e abrir a porta a novos projetos, na certeza de que a Fundação José Neves está pronta para continuar a executar os objetivos definidos por José Neves, a sua missão e propósito”, acrescentou o até então diretor da FJN.

As bolsas ISA FJN, que desde outubro têm o apoio da Fundação Galp, permitiu que mais de 420 portugueses pudessem aumentar ou requalificar as suas competências, no âmbito de um investimento em propinas superior a três milhões de euros. Por sua vez, a 29k FJN tem mais de 77 mil utilizadores registados.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.