O ex-administrador do Banco Privado Português (BPP) terá informado a justiça nacional de que pretende voltar a residir em Portugal, sendo que deverá comparecer hoje no Juízo Criminal de Lisboa para uma audiência, revela a “SIC Notícias”.
Paulo Guichard, e ex-número dois de João Rendeiro, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por crimes económico-financeiros graves, mas a pena dos três processos distintos ainda não transitou.
“Perante o enorme abalo social provocado pela fuga do arguido João Rendeiro (ex-presidente do BPP) e as suspeições públicas que de imediato se fizeram sentir sobre o risco de ser o próximo arguido deste processo a subtrair-se à ação da Justiça, é intenção do arguido Paulo Guichard passar novamente a residir em Portugal”, menciona o requerimento do ex-número dois.
Depois da fuga de Rendeiro, o ex-braço direito tinha proposto entregar o passaporte ao tribunal português, ficando sujeito à proibição de se ausentar do país aquando da sua visita ao dia de hoje para a audiência. Assim, Guichard admite a possibilidade de residir na cidade do Porto, mostrando à justiça nacional que não tem intenções de fugir à pena que lhe foi imputada.
O ex-administrador, que reside no Brasil há 12 anos, disse anteriormente que a fuga de Rendeiro para parte incerta era “um ato de cobardia”, depois deste ter sido condenado a mais de dez anos de prisão efetiva. “Enfrentar é um ato de dignidade, é um ato cívico de exemplo para as pessoas”, admitiu à publicação na passada semana.
À “SIC”, Guichard tinha admitido assumir as suas responsabilidades para com a justiça portuguesa, esclarecido que não queria fugir.
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