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Ex-presidente da IL lamenta nunca ter “explicado decentemente a fraude política que é Rui Rio”

Carlos Guimarães Pinto acusa presidente do PSD de ser “o único líder da oposição do mundo que acha que escrutinar o primeiro-ministro na Assembleia da República de duas em duas semanas é demais”. E diz que proposta avançada pelos sociais-democratas “alimenta ainda mais a corrupção no financiamento partidário”.
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    Manuel Fernando Araújo/Lusa
6 Julho 2020, 18h37

O ex-presidente da Iniciativa Liberal (IL), Carlos Guimarães Pinto, escreveu nas redes sociais que uma das “frustrações que o perseguem para a vida” é “nunca ter conseguido explicado explicar decentemente a fraude política que é Rui Rio” a todas as pessoas que durante a campanha para as legislativas de 2019 lhe diziam que concordavam consigo mas não lhe iriam dar o voto, pois “era preciso dar força ao PSD de Rio para fazer oposição a [António] Costa”.

Num post de Facebook muito crítico para o líder social-democrata, Carlos Guimarães Pinto enumera que “Rio prepara-se para permitir que um ex-ministro cheio de conflitos de interesses seja nomeado governador do Banco de Portugal”, referindo-se à abertura do PSD para a sucessão de Carlos Costa por Mário Centeno, e “para permitir o assalto aos contribuintes em que o bail-out da TAP se tornará”.

E também que o presidente do PSD “consegue o feito notável de ser o único líder da oposição do mundo que acha que escrutinar o primeiro-ministro na Assembleia da República de duas em duas semanas é demais, querendo acabar com os debates quinzenais” e que se prepara para propor a eliminação das dividas dos partidos não reclamadas nos últimos cinco anos. Algo que, na opinião do ex-presidente da Iniciativa Liberal, significa “abrir a porta para que fornecedores dos partidos lhes possam perdoar as dívidas (na prática, fazendo donativos ilegais) a troco de contratos públicos vantajosos, alimentando ainda mais a corrupção no financiamento partidário”.

Carlos Guimarães foi o cabeça de lista da IL pelo círculo do Porto nas legislativas, mas não conseguiu ser eleito, tendo-se afastado da liderança. O único deputado do partido na Assembleia da República, João Cotrim Figueiredo, cabeça de lista por Lisboa, sucedeu-lhe na presidência.

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